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Melgaço

Melgaço
Foto: Turismo do Porto e Norte
Melgaço

Localidades

Junto à fronteira, a povoação de Melgaço desenvolveu-se à volta do castelo mandado construir pelo primeiro rei de Portugal D. Afonso Henriques no séc. XII. É o castelo mais setentrional de Portugal. Em Cevide, numa aldeia do concelho, está o marco nº 1 a assinalar o início do território, o ponto mais a norte do país, no sítio em que o Rio Trancoso e o Rio Minho se cruzam. Pode-se de alguma forma dizer que é “onde Portugal começa”.

Muito procurada pelas atividades radicais no Rio Minho, Melgaço oferece muitas atrações: o centro histórico, o património histórico românico, um museu dedicado às histórias da vila fronteira, um inesperado museu do cinema, trilhos à beira-rio, boa gastronomia e paisagens naturais incríveis ou não se estivesse na porta de entrada do único Parque Nacional, das serras da Peneda e do Gerês.


Museu de Cinema de Melgaço ©Turismo do Porto e Norte

A fronteira com a Galiza é feita por uma ponte romana, que era também cruzada pelos peregrinos a caminho de Santiago de Compostela. Os caminhos que atravessam os dois países tornaram-se passagens “naturais” de contrabando nas décadas de 1960 e 70. O Espaço Memória e Fronteira conta essa parte da história local, em que muitos habitantes viveram na clandestinidade. Os testemunhos reais documentados transportam o visitante para a época em que se ia “a salto” para o estrangeiro.

Na zona histórica de Melgaço, mais propriamente no edifício da antiga Guarda-Fiscal, fica o Museu de Cinema de Melgaço Jean-Loup Passek, que dirigiu o departamento cinematográfico do Centro Georges Pompidou, em Paris, e foi diretor do Festival de Cinema de La Rochelle. A sua paixão pelo cinema e pela vila de Melgaço permite agora desfrutar de uma original coleção, que demorou cerca de cinco décadas a compilar.

Situada numa região extremamente fresca e verdejante, onde se produzem os famosos Vinhos Verdes, não deve deixar de ser visitado o Solar do Alvarinho. No solar do séc. XVII, transformado em casa mãe da Rota do Vinho Alvarinho, poderá experimentar as diversas variedades deste vinho único produzido na sub-região de Melgaço e Monção.


Passadiços do Rio Minho ©Turismo Porto e Norte

A cerca de 4 km da vila, as Termas do Peso são muito procuradas pelas qualidades medicinais e relaxantes das suas águas. Os percursos marginais do rio ou Passadiços de Melgaço são um passeio quase obrigatório. O percurso ao longo das curvas do Rio Minho é linear, com apenas 5,7 km, começando na vila e terminando junto à estância termal.

Nas redondezas, conservam-se belos monumentos em estilo românico. Nas antigas dependências do Mosteiro de Fiães ficou hospedada D. Filipa de Lencastre quando veio de Inglaterra para se casar com D. João I (1385). Mesmo à saída da vila pela antiga estrada nacional, a Capela de Nossa Senhora da Orada, construída no séc. XIII, é um dos templos de maior devoção. Com uma bela vista sobre Melgaço, o contraste entre a riqueza arquitetónica e a paz do local conferem um misticismo ao lugar tornando-o verdadeiramente encantador. Em linha reta com a Ermida de Nossa Senhora da Orada, em Albufeira, no Algarve, os dois templos  assinalam os extremos do país marcando o maior comprimento em Portugal. Têm cultos semelhantes e comemorações na mesma data, a 15 de agosto.


Capela de Nossa Senhora da Orada ©C. M. Melgaço

Igualmente com um valor histórico inegável é a românica Igreja de Paderne, também conhecida como Igreja do Divino Salvador, que fazia parte do antigo Convento de Paderne. Com um interessante portal românico, no interior destacam-se os azulejos seiscentistas e o retábulo de talha dourada da capela-mor.

Uma das 5 portas de entrada no Parque Nacional da Peneda-Gerês pertence ao concelho de Melgaço: a Porta das Lamas de Mouro. É um centro interpretativo dedicado ao ordenamento do território, onde se encontra informação sobre o Parque, nomeadamente sobre os percursos pedestres, uma área de produtos locais e uma zona de lazer com parque de merendas e parque de campismo.


Parque Nacional da Peneda-Gerês, Castro Laboreiro ©C. M. Melgaço

A aldeia de Castro Laboreiro, a maior e mais antiga do concelho, está já na área do Parque Nacional. Fundada antes da Idade do Ferro, era uma aldeia inverneira, onde os pastores guardavam os animais nas estações mais frias. O nome é mais conhecido pela raça autóctone de cães, uma escolha de eleição para guardar os rebanhos e os defender dos lobos em tempos idos.

O Rio Minho e a Serra da Peneda são muito apreciadas para as atividades ao ar livre, como rafting, canyoning, canoagem, BTT, caminhadas, arborismo, escalada, slide e atividades náuticas.


Rafting Rio Minho ©C. M. Melgaço

Entre o rio e a serra, a gastronomia de Melgaço combina sabores muito distintos, os do rio Minho, os do pastoreio. As pesqueiras do Rio Minho são um método antigo de pescar sável e lampreia, uma das principais atividades locais. O arroz de lampreia é uma das especialidades, assim como as trutas do Rio Minho. De referir igualmente os pratos de cabrito e o pernil assado ao Alvarinho, em que a carne de porco é marinada com vinho verde da região. A destacar ainda o fumeiro e os queijos de cabra, do gado e rebanhos criados nos prados de Melgaço e na Serra da Peneda. Para acompanhar as refeições, o vinho verde é sem dúvida a opção certa. É um vinho fresco, suave e aromático.


Solar do Alvarinho ©Turismo do Porto e Norte

Quem tiver dificuldade em escolher a melhor altura para visitar Melgaço, sugere-se um dos eventos locais, como a Festa do Alvarinho e do Fumeiro, em abril. Melgaço em Festa é um programa cultural de verão, com espetáculos de música, teatro, dança, circo, literatura e artes plásticas na primeira quinzena de agosto. Entre julho e agosto, o MDOC - Festival Internacional de Documentário de Melgaço promove o cinema documental como forma de expressão artística e social, com filmes, debates, concertos e workshops.  Em setembro, época de vindimas, o Monção e Melgaço Granfondo levam-no a descobrir da região de onde é originário o Alvarinho. Um dos principais troços é a subida ao Alto de Alcobaça, um percurso que atravessa as paisagens deslumbrantes do vale do Rio Minho onde se produzem os tão apreciados vinhos verdes.




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