Jardins, Parques e Florestas

Situada em Coimbra, na margem esquerda do Rio Mondego, a Quinta das Lágrimas ocupa uma área de 18,3 hectares. No centro está o palácio do séc. XIX, que funciona acualmente como hotel de luxo e em seu redor, uma área ajardinada onde predominam as espécies exóticas, algumas das quais com mais de duzentos anos.

A encosta sul está coberta por um bosque, ideal para longos passeios e recentemente foi criado um Jardim Medieval, o primeiro em Portugal, em homenagem aos amores de Pedro e Inês. Para este jardim, onde se experimenta um ambiente de clausura e simplicidade, foram selecionadas 50 espécies de plantas, cuja existência antes da época dos Descobrimentos é comprovada por gravuras e documentos da época.

A Quinta das Lágrimas é referida como o cenário do romance proibido do Rei D. Pedro I com D. Inês de Castro, por algumas das mais belas páginas da literatura portuguesa, porém é quase certo que não foi aqui que o idílio teve lugar. No entanto, os jardins conservam um canal conhecido como "Cano dos Amores" por onde, de acordo com a lenda, a água transportava as cartas de amor entre a Quinta e o Paço Real. Segundo a história, essa mesma água foi tingida de encarnado pelo sangue de D. Inês que aqui teria sido assassinada e de acordo com a voz popular, ainda hoje são visíveis as marcas do seu sangue nas rochas. Mas existe uma explicação científica para esse facto - são as algas vermelhas "Hildenbrandia Rivularis" que aqui crescem, que espalham a sua cor.

Entre a realidade e a ficção, os Jardins da Quinta das Lágrimas mantêm uma atmosfera romântica que vale a pena descobrir.