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Tom: encontrar tempo para existir no Algarve

World Tourism Day 2021 | #TimeToEmbrace #TimeToBe

Comemoramos o Dia Mundial do Turismo. Nos últimos anos, a indústria do turismo teve uma enorme expansão e crescimento, por isso é importante sublinhar como a abertura e a inclusão desempenham um papel crucial na melhoria das relações sociais, culturais e económicas. Mas o melhor é deixar que outras pessoas falem sobre a sua vida em Portugal…

Tom Leamon é um pintor que se mudou da cosmopolita cidade de Londres para a tranquilidade de Castro Marim, Algarve.

Photo by @nashdoeswork

Em 2014, cofundou The Beekeepers, uma Associação de Artes, e o Estúdio Yucca, um estúdio de arte que combina diferentes formas de expressão artística em Cabanas de Tavira, onde trabalha na sua arte e recebe artistas de todo o mundo para residências artísticos e retiros. Foi lá que o encontrámos, no seu abrigo artístico.

“Eu encontrei um traço comum em muitas pessoas que queriam ter um espaço seguro e tranquilo onde pudessem criar e, principalmente, reimaginar a sua carreira artística no meio da natureza. Então, estes projetos vieram no embalo dessa tendência.

Percebi que as pessoas, a menos que fossem um pouco mais velhas e maduras nos seus percursos artísticos, queriam ter um lugar onde pudessem vir e desenvolver sua prática com o silêncio ao redor. Eu acho que é a coisa mais difícil para um artista - permitir-se esse tempo para respirar. ”

Photo by @nashdoeswork

Então, porquê Portugal?

“A vida em Londres estava a ficar demasiadamente intensa. Muitas coisas a acontecerem ao mesmo tempo. Tendo crescido no campo, senti que precisava entrar em contacto com a natureza novamente. Decidi que o Algarve era o sítio certo. Eu queria afastar-me das pessoas, no geral. Então vim para aqui com a minha companheira da altura e apaixonámo-nos pelo Algarve. A ideia inicial era ir e regressar aos fins de semana, mas acabámos por ficar 6 meses inicialmente. E depois, a tempo inteiro.”

De início, Tom deixou todos os seus amigos e família em Londres e mudou-se para o Algarve com as 2 pessoas com quem geria o seu espaço artístico. Encontrou uma comunidade local que começou a interagir consigo cada vez mais. 

“Uma das coisas que mais me impressionou aqui foi ter tempo para as coisas. Portugal deu-me tempo para estar presente comigo mesmo. De volta a Londres, com toda a correria, é difícil isso acontecer.

Tenho muitos dias bons aqui. Para mim, um dia perfeito é sem nenhum e-mail, conta divertido.

Um dia perfeito é acordar, tomar um bom pequeno-almoçar, levar os cães a passear, ir para o estúdio e pintar e trabalhar nos projetos essencialmente que me desafiam. Ah, e a alegria de poder sair para almoça fora. É uma coisa linda, não é? Também gosto de saber que a tarde pode mudar. Gosto que o dia flua naturalmente e eu siga esse ritmo. Nunca crio limites para mim mesmo.”

Para os artistas, o contexto é tudo. Há lugares que drenam e lugares que reabastecem o depósito de criatividade.

“A comunidade artística não é muito grande aqui no Sotavento Algarvio. Eu queria mudar isso e precisava de destacar esta parte do mundo.

O meu trabalho mudou bastante desde que me mudei para cá. Levei algum tempo para perceber isso. No início, trabalhava muito com a terra, com materiais locais. Nessa altura, ainda estava a tentar encontrar a minha voz aqui. Se comparar o trabalho que eu costumava fazer antes de me mudar para cá, a minha arte era sobretudo em escala de cinzentos. Agora, é tudo bastante colorido. E é difícil não ser, sabes? Mesmo que trabalhe num local com janelas fechadas, tudo aqui tem mais cor e mais luz. E é sempre assim, durante o ano inteiro.” 

Photo by @nashdoeswork

Está curioso para saber o que inspirou Tom no Algarve?

“O motivo pelo qual fundámos The Beekepers foi a natureza. Essa diversidade de estar aqui e ver as estações a mudar é incrível, nunca vi nada assim. A chuva ocasional no inverno que te acorda à noite. O sol, os verões são incríveis e é interessante estar naquele ambiente onde as pessoas estão descontraídas, a divertir-se.

É fascinante ver o Algarve com olhos de ver. Há tantos lugares diferentes. Olhão, por exemplo, é um sítio incrível. À medida que vai ficando maior, é possível perceber o buzz de juventude que se criou. E as ilhas (Culatra, Armona e Farol) são tão lindas. ”

Tom não se sente um estrangeiro em Portugal. Sente que encontrou uma nova casa assentou arraiais.

“Atrai-me muito ser um ser humano em vez de ser britânico ou de um sítio específico do mundo, pelo que sinto que conheci a minha família e a minha comunidade aqui. Muitas pessoas vêm de todo o mundo para os nossos espaços e a maioria dessas pessoas não sente que é de um determinado país ou nacionalidade. Buscam encontrar um lugar que lhes permita sentir que podem existir e sentir-se confortáveis com a sua existência, especialmente em tempos como estes. Temos muita sorte de existir agora. ”

Não se preocupe, Tom. Já nos pertence.

Saiba mais sobre o trabalho de Tom na sua página pessoal: https://tomleamon.com/

Photo by @nashdoeswork

Photos by @nashdoeswork

 


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