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Turismo rural

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A experiência da vindima em Portugal

Participe na arte de fazer o vinho

Se quando viaja procura vivências únicas e autênticas, ser como um verdadeiro português, e se se considera um apreciador de vinho, então sugerimos que adicione a experiência das vindimas em Portugal ao seu itinerário. 


Harvest in Douro @Jose Sarmento Matos_Vallado&WineFest

Portugal é um país de forte tradição vitivinícola e a excelente qualidade dos seus vinhos é conhecida em todo o mundo, tendo conquistado inúmeros prémios e distinções em concursos internacionais ao longo dos anos. E para os conhecer e apreciar, nada como visitar as regiões onde são produzidos. O vinho é também um excelente pretexto para descobrir as paisagens, o património, a cultura e as pessoas que aí vivem.

A vindima é um dos momentos mais aguardados nas regiões vitivinícolas de Portugal, tanto pelos produtores como pelos visitantes. É uma das atividades mais antigas de Portugal e certamente uma das mais genuínas e tradicionais. 


Harvest in Douro region @Joao Ferrand_Coleção Instituto dos Vinhos do Douro e Porto 

O dia exato para o início da vindima é decidido todos os anos, pois depende do clima, da variedade da uva, da localização da vinha, da temperatura, da humidade, entre outros, mas normalmente ocorre entre o fim do verão e início do outono. Há várias adegas com programas especiais de vindima, onde se pode participar com os habitantes locais e ajudar a produzir vinho, existindo algumas adegas que permitem levar para casa o resultado do seu trabalho. Já imaginou partilhar com os seus amigos uma garrafa de vinho produzido por si?


Alentejo vineyards @ Joao Silva_Quetzal_Alentejo Tourism Board

As vindimas decorrem em todo o Portugal, continental e ilhas, mas é no Alentejo e no Douro, que surgem mais programas de enoturismo que fazem as delícias dos visitantes que pretendem mergulhar na tradição milenar destas regiões e descobrir o processo de produção de vinho. Sendo a mais antiga região vinícola demarcada do mundo e Património Mundial da UNESCO, a paisagem do Vale do Douro é ainda mais impressionante durante a época das vindimas. Os socalcos tornam-se vermelhos e roxos, a paisagem reveste-se de verde, vermelho e castanho, um lugar verdadeiramente mágico com um clima agradavelmente quente. Já no Alentejo, região reconhecida pelos seus vinhos de elevada qualidade e até pelo seu trabalho em harmonia com o meio ambiente, a época das vindimas aqui tem um sabor especial para todos aqueles que pretendam conhecer não só os néctares da região, mas também participar em vários tipos de experiências.


Douro Valley @PortoandNorth Tourism Board

O ritual da vindima começa com a apanha das uvas à mão, enchendo os cestos que grupos de vindimadores carregam às costas... por isso é tão especial e único. As uvas são então levadas para grandes lagares e pisadas por um grupo de trabalhadores para as esmagar e espremer o líquido, a chamada pisa, que origina o mosto. É uma ocasião festiva, pelo que este trabalho é feito ao som de alguém que marca o ritmo dos passos com uma canção. Os trabalhadores abraçam-se e pisam as uvas de uma forma sincronizada e única. Depois de produzido, filtrado e fortificado com uma aguardente local, o vinho é armazenado em barris de madeira durante um tempo que varia consoante o vinho.


Harvest in Alentejo @Jose Sarmento Matos_Herdade do Esporão

Como vê, é possível participar em todas as etapas da vindima, sempre com uma vista magnífica sobre as paisagens do Douro ou sobre as planícies alentejanas e, como diz o provérbio popular, “Até ao lavar dos cestos, é vindima”. Portanto sirva-se de um copo de vinho, pegue na sua agenda e coloque as vindimas em Portugal no topo da sua lista de viagens.


Wine toast @Joao Silva_Herdade da Malhadinha Nova

Venha a Portugal e crie memórias connosco! À Saúde! Tchim-Tchim.

 


Viajar com calma em Portugal

Vá, vagueie, perca-se

Portugal é um destino perfeito durante todo o ano. Mas para experienciar verdadeiramente a alma de Portugal, é essencial abrandar e "perder" tempo a explorar os tesouros ocultos e as regiões menos conhecidas do país.

Deixe-se levar e saboreie tudo que temos para oferecer: as diferentes paisagens, os aromas e sabores da nossa gastronomia, as tradições culturais únicas, os sons da natureza, do Fado e da guitarra ou explore o interior de Portugal pela Estrada Nacional 2 que cruza o país de uma ponta à outra e interaja com as comunidades locais, ao seu próprio ritmo e com a liberdade de poder escolher o que quer ver ou o que quer fazer.

Em Portugal, viajar lentamente é especialmente gratificante. O país conta com uma abundância de pequenas aldeias, como as Aldeias do Xisto ou as Aldeias Históricas no Centro de Portugal, onde o tempo passa mais lentamente e as pessoas têm sempre tempo para dar as boas-vindas aos visitantes e partilhar as suas tradições.

Os Parques e Reservas Naturais, Geoparques e Reservas da Biosfera reconhecidos pela UNESCO asseguram que Portugal é também um destino de preferência para atividades ao ar livre, quer sejam mais contemplativas, como observação de aves ou observação de estrelas, ou mais ativas, como canoagem, rafting ou passeios por trilhos de natureza a ou em bicicleta. Pode seguir o seu próprio ritmo, sentindo os aromas e os sons que, de outro modo, passariam despercebidos. Quer escolha ter o mar como companhia, tal como na Rota Vicentina que atravessa a Costa Alentejana e Vicentina, ou subir e descer montanhas, como nos Arquipélagos dos Açores ou da Madeira, as opções de trilhos são infinitas e são uma ótima escolha se preferir combinar exercício físico com o contacto com a população local.

Para muitos viajantes que optam por viajar lentamente, não pode faltar uma visita à região do Alentejo. O ritmo sem pressas da região encoraja-o a abrandar e a apreciar as coisas simples da vida, como o sol quente na sua pele, as suas colinas onduladas, as vinhas e olivais, almoços demorados com amigos, e, claro, Évora, a cidade histórica do Alentejo, que será a Capital Europeia da Cultura em 2027, com um conceito baseado no “Vagar", a filosofia de apreciar a vida com uma abordagem de vida “lenta”.

Durante a sua visita, saboreie a nossa Dieta Mediterrânica, classificada como Património Mundial pela UNESCO e parte da identidade da gastronomia portuguesa.  Está baseada em produtos frescos, naturais e maioritariamente de origem local, na utilização de azeite, na presença constante de peixe fresco e no consumo limitado de carne vermelha, no papel da fruta, leguminosas e legumes – tudo nesta dieta forma parte de um estilo de vida saudável. Apoie também a economia local, ao preferir o consumo de alimentos da época, ao ser mais sustentável e ao optar por comprar em lojas e mercados locais.

Lembre-se: estas experiências não devem ser apressadas, portanto leve o seu tempo a mergulhar profundamente em tudo que Portugal tem para oferecer e será recompensado com memórias para a vida.


Portalegre, Marvão, Castelo de Vide

Não deixe de…
  • visitar o Museu das Manufaturas de Portalegre
  • trazer uma recordação em cortiça
  • subir ao ponto mais alto a sul do Rio Tejo, o Pico de São Mamede a 1025 m. de altitude
  • ir a Castelo de Vide durante a Páscoa
  • saborear a água de Castelo de Vide
  • subir à torre mais alta do castelo de Marvão

Num instante atravessamos Portugal e chegamos ao norte do Alentejo para descobrir um refúgio de horizontes largos e gente hospitaleira, no Parque Natural de São Mamede. Numa primeira visita, sugerimos um passeio de carro com paragens em três lugares incontornáveis: Portalegre, Castelo de Vide e Marvão.

Antes de entrar no Parque, visitamos Portalegre

Com uma longa história, Portalegre foi uma cidade próspera e rica nos séculos XVII e XVIII, devido ao investimento na indústria têxtil e ainda hoje é conhecida por essa tradição. Devemos por isso visitar o Museu das Tapeçarias da Manufatura de Portalegre, instalado num antigo solar nobre. As Tapeçarias são peças únicas feitas numa técnica de tear manual que permite reproduzir na perfeição as gradações e as tonalidades de uma pintura ou de um desenho. Têm grande valor e são muito apreciadas por artistas contemporâneos para reprodução das suas obras de arte.

Ao passear pela cidade, vemos muitos palácios e monumentos que relembram os tempos áureos passados. Como o Castelo de origem medieval, a grande , onde se pode  admirar um conjunto único de pintura portuguesa dos séculos XVI e XVII e painéis de azulejos com cenas bíblicas, ou a Casa Museu José Régio, onde viveu este poeta, também colecionador apaixonado de peças de arte sacra e popular. Antes de seguir viagem, visitamos a Igreja do Convento de São Francisco, espaço integrado na área da antiga Fábrica de Cortiça Robinson, muito importante para o desenvolvimento da cidade.



Muito perto, a 15 km fica o Pico de São Mamede, o ponto mais alto do Parque Natural. Havendo tempo, vale a pena ir até Alegrete, um tradicional vila alentejana de casas brancas, entre muralhas.   

Já a caminho de Marvão, passaremos por Portagem, onde nos podemos refrescar nas piscinas. Faça uma pausa e prove os sabores da cozinha tradicional alentejana, acompanhados com um bom vinho tinto da região. Não muito longe, vale a pena visitar a cidade arqueológica romana de Ammaia.

Subindo até Marvão
Qualquer pessoa que conheça em Marvão vai com certeza dizer que estamos num ponto tão alto que se podem ver as costas dos pássaros a voar. E é bem verdade. Basta subir ao Castelo e apreciar a paisagem imensa.

Esta vila medieval, protegida por muralhas, é uma das preciosidade de Portugal, onde somos bem acolhidos e sentimos uma tranquilidade inesgotável. Marvão dá-se a conhecer nas ruas estreitas e nos recantos pitorescos, no pelourinho manuelino, nas janelas góticas e nas varandas de ferro forjado.

Podemos visitar o pequeno convento gótico da Senhora da Estrela e as Igrejas de Santiago, do Espírito Santo e de Santa Maria. Nesta última, está instalado o Museu Municipal, onde ficamos a saber mais sobre a história desta localidade. Desde que foi conquistada aos cristãos, em 1116, até às guerras da Restauração da Independência entre Portugal e Espanha, em 1640, chegou a ser considerada a praça-forte “mais inconquistável de todo o reino”. Mas é hoje um lugar de paz e sossego.



De Marvão seguimos viagem para Castelo de Vide.

Ao chegar a Castelo de Vide
Somos surpreendidos pelo castelo rodeado de casario branco que se destaca na paisagem. Mas a maior surpresa maior está dentro da vila, onde encontramos uma das mais bem preservadas judiarias de Portugal.

Deixamo-nos facilmente encantar pelo charme do cenário medieval. Visitamos a antiga sinagoga, atualmente um museu, e passeamos pelo labirinto ruas, onde aprendemos a ver a presença judaica nos nomes das ruas e os sinais do culto de gerações hebraicas nas portas de granito. A rua das Espinosas, por exemplo, remete para o célebre filósofo do séc. XVII, Spinoza, filho de um habitante de Castelo de Vide.

Depois de subir ao Castelo, voltamos ao centro onde entramos na Igreja Matriz de Santa Maria. Aqui têm lugar uma parte das cerimónias pascais onde se misturam as duas crenças, cristã e judaica. Resta ainda tempo para apreciar a água fresca nas fontes que encontrar pelo caminho, muito conhecida pelas suas propriedades termais.

Sempre presente, o Parque Natural
Para além da sua herança cultural e histórica, o Parque Natural de São Mamede é um lugar de grande biodiversidade, onde se podem encontrar javalis, raposas, coelhos, texugos e gatos bravos e aves raras como a águia de Bonelli, o símbolo desta área protegida, e o grifo, os gaviões, as águias cobreiras e as corujas do mato.

A paisagem é muito rica do ponto de vista geológico e a natureza exprime-se de forma muito particular nas imponentes formações de rochedos quartzitos que chamam a atenção. Quem puder, poderá desfrutar deste ambiente especial numa caminhada ou num percurso em BTT, optando por um dos percursos assinalados.

Para fazer este passeio, o ideal será guardar cerca de 4 dias, mas facilmente se percebe que é muito natural que apeteça ficar mais tempo.


Dark Sky Alqueva

Não deixe de…
  • fazer um passeio de barco no Alqueva
  • observar o céu à noite
  • visitar Monsaraz

Imaginemos um lugar onde nos sentimos cobertos por um majestoso céu estrelado.

A sensação é indescritível e normalmente apenas possível de forma artificial, num planetário, onde nos sentamos confortavelmente para uma lição sobre as estrelas. Em Portugal, temos a sorte de ter essa sensação ao ar livre.

No meio do Alentejo, o maravilhoso céu do Alqueva parece um veludo escuro revestido por um imenso manto de estrelas. É uma área protegida e certificada internacionalmente, registada como uma reserva Dark Sky®, ou “Starlight Tourism Destination”, que se estende por uma área de cerca de 10.000 quilómetros quadrados.

Tendo o lugar sido reconhecido como preferencial para observação do céu, os municípios em redor do grande lago do Alqueva e do rio Guadiana – Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Portel, Mourão, Moura, Barrancos, Redondo, Évora, Serpa e Mértola - juntaram-se a alguns municípios espanhóis num esforço para preservar essa característica especial e de criar estratégias para possibilitar um melhor ususfruto deste fenómeno da natureza como, por exemplo, baixar as luzes públicas. 

Podemos observar a Ursa Maior, a Ursa Menor, a Cassiopeia e uma grande diversidade de outras constelações, visíveis consoante a estação do ano. Localizamos as representações dos signos do Leão, Virgem e Balança, descobrimos Escorpião e Sagitário e seguimos até ao misterioso Capricórnio, sem esquecer o Cisne, a Águia e a Lira.

Identificamos a majestosa Via Láctea e contemplamos Aquário e Peixes, Pégaso e Carneiro. Depois vemos Touro, que noite após noite desafia o glorioso Orionte. E ainda há tempo para ver Gémeos, a figura do Cocheiro e para eleger a nossa estrela favorita.

A qualidade do céu no Alqueva permite a observação a olho nu de um elevado número de objetos celestes. Mas para fazer tudo na perfeição, o ideal é ter uns binóculos e um telescópio. Mas se não os tivermos connosco, não há problema pois as empresas que integram a Rota Dark Sky® têm equipamento disponível e estão preparadas para nos ensinar a ver o céu e a identificar as estrelas.

Para além das unidades de alojamento e de restauração, juntaram-se também à iniciativa empresas de animação turística e guias com os quais se pode conhecer melhor a região através de passeios pedestres, percursos de observação de fauna e flora, canoagem, workshops de astrofotografia e outras atividades, durante o dia ou mesmo à noite.


Cromeleque do Xerez - Via Láctea ©Miguel Claro - Dark Sky® Alqueva

No meio da natureza, surpreendemo-nos com os sempre misteriosos monumentos megalíticos como o Cromeleque do Xerez, na envolvência do Convento da Orada, ou as antas e menires que fazem parte de um percurso pelo património da região. Não pode faltar uma paragem na admirável aldeia amuralhada de Monsaraz, onde as ruas e as casas são feitas de xisto, ou na vila de Mértola, que se estende à beira do rio Guadiana, misturando as heranças muçulmana e cristã nas suas ruas.

Existem várias propostas para descobrir a região do Alqueva e o Alentejo, mas a Rota Dark Sky® é sem dúvida uma viagem de surpresas e descobertas que se irá sempre recordar.

Toda a informação sobre a Reserva Dark Sky® está disponível em www.darkskyalqueva.com


Pela via algarviana

No interior tranquilo e verdejante há um Algarve diferente que esconde aldeias tradicionais e paisagens espetaculares. O caminho para chegar a este mundo preservado? Nada mais fácil… é só seguir as setas!

Marcado no terreno com sinalética e painéis interpretativos, este percurso é conhecido como “Via Algarviana” e atravessa longitudinalmente a região. A via tem origem num antigo trilho religioso seguido pelos peregrinos que se dirigiam ao Promontório de Sagres onde foram encontradas as relíquias de São Vicente. Desde Alcoutim, junto ao rio Guadiana, até ao Cabo de São Vicente são cerca de 300 kms divididos em 14 setores, que têm início e fim em localidades com alojamento e restauração. Tudo pensado para podermos adaptar o trajeto ao ritmo de cada um, ou escolher apenas os troços que nos interessam.

Via Algarviana - Monchique
Photo: Monchique ©Via Algarviana

Este mergulho na natureza começa no cais de Alcoutim junto ao Rio Guadiana e atravessa a Serra do Caldeirão, zona de produção de cortiça e de aldeias típicas a não perder como Salir, Benafim e Alte. A meio, passando São Bartolomeu de Messines, o trilho segue ao longo da Ribeira do Arade, num troço de grande beleza. Silves é visita obrigatória, antes de rumar à Serra de Monchique, cujos panoramas deslumbrantes podem ser admirados a partir da Picota ou da Foia, os locais mais elevados do Algarve. Depois de zonas quase selvagens, o caminho cruza Marmelete, Bensafrim e Barão de São João e uma floresta de pinheiro-manso. Sente-se o cheiro a mar e a Via Algarviana chega ao fim no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o trecho de costa mais bem preservado da Europa.

Castelo de Silves - José Manuel
Photo: Silves ©José Manuel

Ao longo do percurso podemos apreciar a beleza e o aroma da vegetação onde não falta alecrim, rosmaninho, funcho, tomilho, esteva, urze ou até as orquídeas, mais raras. Das árvores e arbustos e destacam-se o medronheiro, a figueira, a alfarrobeira, o sobreiro e a amendoeira que fornecem matéria-prima para doces e licores deliciosos. Rios e ribeiras garantem a frescura nos dias mais quentes e são o habitat das lontras, entre outras espécies de fauna. Neste território, em parte integrado na rede Natura 2000, também se encontram lebres, javalis ou raposas, mas mais difícil será avistar os poucos linces existentes. Quanto às aves, se o rouxinol-do-mato e o abelharuco se destacam pelas cores da plumagem, talvez seja preciso mais atenção e binóculos para observar a águia de Bonelli ou o Bufo-real, que procuram lugares bem altos. 

Via Algarviana - Robert Monnier
Photo: Via Algarviana ©Robert Monnier

Aqui, ainda se pratica a agricultura tradicional, subsistindo moinhos de vento, eiras e fornos comunitários. Nas casas caiadas de branco sobressaem chaminés rendilhadas de uma delicadeza notável. Populações simpáticas e acolhedoras mantêm vivas as tradições do mundo rural e transformam em iguarias aquilo que a terra lhes dá - aguardente de medronho, licores de poejo ou de amêndoa, mel, queijos ou enchidos são alguns dos produtos a provar e levar. Tal como as peças de artesanato, excelentes recordações que testemunham a habilidade destas gentes em cestaria, tecelagem, olaria e tantas outras artes. 

Via Algarviana - Edgar Ribeiro
Photo: Via Algarviana ©Edgar Ribeiro

Para fazer o percurso devemo-nos equipar a rigor com roupa e calçado adequado, não esquecendo a bússola ou o GPS, e outros objetos práticos. E convém consultar o site da Via Algarviana para obter informações detalhadas. Depois é só por pernas ao caminho e dar início à jornada.


Aldeias do Xisto

Não deixe de…
  • relaxar nas praias fluviais das aldeias do xisto
  • experimentar desportos radicais na Serra da Lousã
  • passear a pé pelos caminhos do xisto
  • provar o cabrito estonado, os maranhos e as tigeladas
  • admirar a queda de água da Fraga da Pena e os penedos de Góis
  • trazer ervas aromáticas e para chá
  • sentir emoções fortes percorrendo os trilhos de btt

Escondidas entre serras de vegetação frondosa, as aldeias do xisto são um dos nossos segredos mais bem guardados, mas que os seus habitantes, prazenteiros e afáveis, gostam de ajudar a desvendar.

Neste mundo mágico, onde as horas passam mais devagar, vivem populações acolhedoras com tempo para receber bem quem os visita. E para partilhar as suas histórias, artes e tradições. Como gostamos de saborear as suas iguarias gastronómicas, confecionadas segundo receitas que passam de geração em geração! Ou de trazer connosco uma peça de artesanato em linho ou madeira em que os artesãos colocam todo o seu saber.

Quando organizar a sua viagem não deixe de consultar os programas de atividades e a oferta de alojamento das Aldeias do Xisto

Este território preservado também tem castelos que parecem sair de contos de fadas emergindo na neblina, ou monumentos e museus que testemunham como era a vida há muitos anos atrás.

Mas muito do seu encanto está na Natureza pura. Nas praias fluviais de água cristalina onde podemos passar momentos de descontração. E nas florestas para descobrir a pé seguindo os “Caminhos do xisto”, ou os trilhos de bicicleta definidos pelos Centros de BTT de acordo com vários níveis de dificuldade, que disponibilizam também apoio aos praticantes. Há ainda outras alternativas para os desportistas mais radicais como a canoagem, escalada, rappel e slide. 



Chamadas do xisto, por ser esta a pedra usada na construção das casas e a mais abundante na região, as 27 aldeias espalham-se pelas Serras da Lousã e do Açor, até perto da Serra da Estrela. As várias tonalidades desta rocha, também usada nos pavimentos das ruas estreitas e sinuosas, misturam-se de forma perfeita nas cores da paisagem natural, nem sempre sendo fácil distingui-las. Mas vale a pena tentar.


Relaxar no Alqueva, o Grande Lago

Não deixe de…
  • dormir sob as estrelas do Alqueva num barco casa
  • provar o vinho da região
  • deliciar-se com a gastronomia tradicional
  • subir ao castelo de Monsaraz

Para passar uns dias descontraídos e em boa companhia, o Grande Lago em que se transformou a albufeira do Alqueva é o pretexto perfeito para relaxar.

Falamos de um dos maiores lagos artificiais da Europa, construído sobre o Rio Guadiana. Tem uma albufeira de 250 km2 e abrange cinco concelhos do Alentejo, com muitos pontos de interesse. Na margem direita, recebem-nos os castelos de Juromenha, Alandroal, Terena, Monsaraz e Portel e, na margem esquerda, Mourão e Moura são miradouros privilegiados sobre este espelho de água. 

O lago veio dar uma atmosfera surpreendente a esta região. Onde antes havia campo, com oliveiras, sobreiros e azinheiras, hoje vemos água e vida renovada, com ótimas condições para atividades ao ar livre e para a prática de desportos náuticos como a vela, o ski e wakeboard ou para passeios em canoa e kayak, sempre tão revigorantes. Para os amantes das caminhadas e da bicicleta, há percursos cursos sinalizados que se podem fazer. São uma boa forma de descobrir costumes e tradições e nos integrarmos com as populações locais.

É um bom sítio para fazer uma surpresa à família, para a levar num passeio pelas estradas panorâmicas em redor do Alqueva ou, melhor ainda, alugar um barco-casa e dormir debaixo de estrelas. O que também é uma ideia a considerar para um fim-de-semana romântico. Não podemos esquecer que estamos numa região onde o céu foi considerado pela UNESCO uma reserva para observação de estrelas. À noite, as luzes públicas são reduzidas ao mínimo, para possibilitar as condições perfeitas para ver o céu, mesmo para os mais astrónomos mais principiantes.

Não podemos deixar de ir à nova Aldeia da Luz, a única povoação submersa pelas águas da barragem que teve de ser literalmente mudada de sítio. A propósito, foi criado um Museu, em que grande parte do espólio é constituída por objetos dos habitantes e onde todas as memórias da antiga aldeia ficaram registadas.

Também a localidade de Monsaraz é incontornável. Uma vila-museu medieval preservada, com muralhas e ruas de xisto que encanta e surpreende. Muito próximo, na área do Convento da Orada, o Cromeleque do Xerez, de forma quadrada, é uma visita obrigatória.

Naturalmente, no Alqueva, como por todo o país, não é possível resistirmos aos sabores da comida regional. Neste caso, destacam-se as açordas, as migas, os pratos de carne de porco, os enchidos e os vinhos do Alentejo.

No Grande lago, é fácil deixarmo-nos cativar pelo turismo rural enquanto apreciamos os prazeres da vida simples do campo e contemplamos a natureza em redor.


Um passeio pelo Gerês

Não deixe de…
  • visitar o Centro de Educação Ambiental do Vidoeiro e recolher informação nas Portas do Parque
  • fazer algum dos percursos pedestres de pequena rota, que têm sinalização convencional no terreno
  • observar o pôr-do-sol sobre a barragem a partir da Pousada da Caniçada

O Parque Nacional da Peneda-Gerês, no extremo noroeste de Portugal, entre o Alto Minho e Trás-os-Montes, é a única área protegida portuguesa classificada como Parque Nacional.

É um mundo à parte em que a atividade humana se integra de forma harmoniosa na Natureza, preservando valores e tradições muito antigos, bem patentes nas aldeias comunitárias de Pitões das Júnias e Tourém.

Em todos os tons de verde, a vegetação exuberante inclui uma floresta de azevinho, única a nível nacional, e espécies endémicas como o lírio do Gerês, que alegra os campos com os seus tons de azul-violeta. Nas Serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês, que integram o Parque, correm rios e ribeiras que se precipitam em cascatas e espraiam depois em albufeiras. As paisagens são deslumbrantes.

Por vezes consegue avistar-se um corço (símbolo do Parque) ou o seu predador, o lobo ibérico. Mais comuns, são os garranos, pequenos cavalos selvagens que correm livremente pelos montes. Também podem encontrar-se bovinos de raça barrosã e os cães de Castro Laboreiro, de pelo escuro, guardando os rebanhos que ao ritmo das estações se deslocam entre as brandas e as inverneiras. Trata-se de aldeias e zonas da serra relacionadas com a antiga transumância, para onde as populações hoje apenas deslocam o gado: vales e altitudes baixas no inverno, lugares mais altos no verão, de acordo com o pasto existente.

Num itinerário pelo Parque, o Soajo, com o seu antigo conjunto de espigueiros de pedra para guardar os cereais, pode ser o ponto de partida a oeste. Também podemos ver espigueiros no Lindoso, onde vale a pena subir ao castelo debruçado sobre o vale do Rio Lima. Um pouco mais a norte, podemos dar um pulo à aldeia de Castro Laboreiro, onde se criam os cães pastores da região.

A serra mais a sul é a do Gerês, cuja porta do Parque, em Campo do Gerês, é a que fica mais perto de Braga. Nesta serra ficam as albufeiras das Barragens da Caniçada e de Vilarinho das Furnas, locais de grande beleza, tendo esta última submergido a povoação que lhe deu o nome, e cujo espólio está hoje em exposição no Museu Etnográfico de Terras de Bouro. Nas redondezas desta localidade, os Santuários de São Bento da Porta Aberta e da Senhora da Abadia são centros de grandes romarias e peregrinações.

Partindo do Campo do Gerês a pé, pode deixar-se o carro à entrada da Mata da Albergaria e seguir o Rio até à Portela do Homem. No regresso, podemos descansar nas termas de Caldas do Gerês. Outra aposta certa é seguir o traçado bem conservado da geira romana, com marcos miliários que têm quase dois mil anos.

O Rio Cávado, que delimita o Parque a leste, indica o caminho até à Barragem da Paradela. Um passeio a cavalo ou um banho no rio são um convite à descontração. Para quem gosta mesmo de passeios pedestres, é a não perder a visita a Pitões das Júnias, uma aldeia onde se guardam antigos costumes comunitários. Fica no fim da estrada e daqui para a frente só a pé. Mas o passeio vale a pena, pelas cascatas e pequenos ribeiros que se cruzam pelo caminho ou pela surpresa das ruínas dum antigo Mosteiro a aparecer no meio da paisagem.

Em suma, para gastar energias não faltam no Parque oportunidades, pois também há condições para atividades como o canyonning ou a canoagem. Mas não só. A diversidade e abundância de flora e fauna locais proporcionam um contacto com a natureza único e qualquer que seja a opção é provável que castelos medievais, mosteiros e aldeias tradicionais façam parte da paisagem, sempre de uma beleza natural ímpar.


3 dias na Serra da Estrela

No Topo de Portugal

Este passeio de três dias pela Serra da Estrela começa em Seia com uma manhã dedicada às crianças.

Primeiro, uma visita didática e muito divertida ao Museu do Brinquedo para ver brinquedos de todas as épocas, tamanhos e feitios. Depois, no Museu do Pão, os mais pequenos vão gostar de aprender a amassar o pão e a fazer bolachas que podem levar para casa. E se entretanto já forem horas de almoço, este é o local certo para uma refeição em família apreciando os sabores da gastronomia tradicional. Antes de deixar Seia, fazemos uma paragem no Centro de Interpretação para obter informações sobre trilhos e atividades no Parque Natural. 

Para alcançarmos a Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, podemos optar por uma estrada mais montanhosa que passa pelo Sabugueiro e pela Lagoa Comprida, ou por outra que nos leva a diversas aldeias de montanha como Lapa dos Dinheiros, Sazes da Beira e Valezim. Para ir a Loriga e Alvoco da Serra já é preciso fazer um desvio que vale bem a pena pelas vistas fabulosas sobre esta serra glaciária. Quanto ao alojamento, uma casa de Turismo Rural é a escolha certa já que assim podemos apreciar em pleno este ambiente bucólico e a hospitalidade das gentes.

Junto à Torre localiza-se a estância de ski e bem perto as Lagoas dos Covões do Meio e do Ferro, com belas paisagens para admirar. Para mais um panorama deslumbrante sugere-se um desvio até às Penhas da Saúde, e se houver tempo podemos ainda descer à Covilhã e visitar o Museu dos Lanifícios dedicado à principal atividade económica da região, alimentada pelos grandes rebanhos de ovelhas. Os fiéis cães pastores que as guiam são de uma raça autóctone que tem o nome da Serra, cujos filhotes vão fazer as delícias das crianças.

Retomando a estrada da Serra seguimos até Manteigas. É aqui que se situa o Skiparque que oferece grande variedade de desportos radicais e uma pista com neve artificial onde se pode esquiar ou andar de snowboard em qualquer época do ano. 

O último dia deste percurso começa com uma visita ao castelo de Folgosinho para apreciar a vista sobre o vale do Mondego, seguindo-se outro castelo – o de Linhares da Beira. Em dias claros, os céus desta aldeia histórica preservada são animados pelas manchas coloridas dos parapentes, que aqui têm condições ideais para voar. Esta sensação pode ser experimentada por todos os que tiverem vontade, basta marcar uma aula na Escola local.

Prosseguimos caminho até Celorico da Beira para visitar ainda mais um castelo e também o Solar do Queijo, onde podemos saborear e adquirir o produto mais apreciado desta região, e vamos terminar este percurso na Guarda, a cidade mais alta do país.

Esta sugestão de percurso que passa pelos concelhos de Seia, Covilhã, Manteigas, Celorico e Guarda pode ser uma forma de conhecer um pouco do Geopark Estrela, que a UNESCO reconheceu devido à riqueza geológica desta paisagem. Um bom motivo para explorar a região.


Jardins, Parques e Quintas da Madeira

Famosa pelo mundo fora devido à sua beleza natural, a Ilha da Madeira é também frequentemente conhecida como “o jardim flutuante do Atlântico”. Aqui, as tonalidades da vegetação que cobrem as encostas só encontram rival nas exóticas flores que desabrocham em todos os recantos.

Graças ao seu clima suave e moderado, podemos ao longo de todo o ano, e em ambiente natural, admirar flores e plantas oriundas de quase todos os continentes, como as orquídeas, as estrelícias, os antúrios, as magnólias, as azáleas, as proteias entre muitas outras. 

Algumas destas plantas tropicais e subtropicais chegaram à ilha nos séculos XVIII e XIX, pelas mãos de comerciantes ingleses enriquecidos com o comércio do vinho Madeira, e escolheram as freguesias do Monte, da Camacha, do Santo da Serra e do Jardim da Serra para construir as suas quintas. A escolha destes locais estava relacionada com o clima mais fresco e húmido, mais próximo das condições atmosféricas da Inglaterra, melhor para a aclimatação das plantas daí trazidas.

As Quintas da Madeira são atualmente uma das grandes atrações da região, que podemos conhecer durante a visita à ilha. Muitas foram recuperadas para vários fins como alojamento para férias, museu, café, entre outras. As Quintas da Madeira integram enormes e espaçosos jardins floridos, repletos das mais raras e variadas plantas, e com espaços convidativos ao descanso e relax ou à simples contemplação da natureza. São sem dúvida um ótimo lugar para passear ou para passar férias em família. 


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