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À beira-mar

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Viajar com calma em Portugal

Vá, vagueie, perca-se

Portugal é um destino perfeito durante todo o ano. Mas para experienciar verdadeiramente a alma de Portugal, é essencial abrandar e "perder" tempo a explorar os tesouros ocultos e as regiões menos conhecidas do país.

Deixe-se levar e saboreie tudo que temos para oferecer: as diferentes paisagens, os aromas e sabores da nossa gastronomia, as tradições culturais únicas, os sons da natureza, do Fado e da guitarra ou explore o interior de Portugal pela Estrada Nacional 2 que cruza o país de uma ponta à outra e interaja com as comunidades locais, ao seu próprio ritmo e com a liberdade de poder escolher o que quer ver ou o que quer fazer.

Em Portugal, viajar lentamente é especialmente gratificante. O país conta com uma abundância de pequenas aldeias, como as Aldeias do Xisto ou as Aldeias Históricas no Centro de Portugal, onde o tempo passa mais lentamente e as pessoas têm sempre tempo para dar as boas-vindas aos visitantes e partilhar as suas tradições.

Os Parques e Reservas Naturais, Geoparques e Reservas da Biosfera reconhecidos pela UNESCO asseguram que Portugal é também um destino de preferência para atividades ao ar livre, quer sejam mais contemplativas, como observação de aves ou observação de estrelas, ou mais ativas, como canoagem, rafting ou passeios por trilhos de natureza a ou em bicicleta. Pode seguir o seu próprio ritmo, sentindo os aromas e os sons que, de outro modo, passariam despercebidos. Quer escolha ter o mar como companhia, tal como na Rota Vicentina que atravessa a Costa Alentejana e Vicentina, ou subir e descer montanhas, como nos Arquipélagos dos Açores ou da Madeira, as opções de trilhos são infinitas e são uma ótima escolha se preferir combinar exercício físico com o contacto com a população local.

Para muitos viajantes que optam por viajar lentamente, não pode faltar uma visita à região do Alentejo. O ritmo sem pressas da região encoraja-o a abrandar e a apreciar as coisas simples da vida, como o sol quente na sua pele, as suas colinas onduladas, as vinhas e olivais, almoços demorados com amigos, e, claro, Évora, a cidade histórica do Alentejo, que será a Capital Europeia da Cultura em 2027, com um conceito baseado no “Vagar", a filosofia de apreciar a vida com uma abordagem de vida “lenta”.

Durante a sua visita, saboreie a nossa Dieta Mediterrânica, classificada como Património Mundial pela UNESCO e parte da identidade da gastronomia portuguesa.  Está baseada em produtos frescos, naturais e maioritariamente de origem local, na utilização de azeite, na presença constante de peixe fresco e no consumo limitado de carne vermelha, no papel da fruta, leguminosas e legumes – tudo nesta dieta forma parte de um estilo de vida saudável. Apoie também a economia local, ao preferir o consumo de alimentos da época, ao ser mais sustentável e ao optar por comprar em lojas e mercados locais.

Lembre-se: estas experiências não devem ser apressadas, portanto leve o seu tempo a mergulhar profundamente em tudo que Portugal tem para oferecer e será recompensado com memórias para a vida.


As melhores praias

Uma extensa costa, onde todas as praias têm areia branca e fina, um verão longo e muitas horas de sol distribuídas pelo ano inteiro fazem de Portugal um destino natural de férias.

Os comentários e as reportagens nos media internacionais que reconhecem a qualidade e a beleza das praias portuguesas são frequentes. E não é por acaso que temos 352 praias galardoadas com a Bandeira Azul da Europa e 214 consideradas Praia Acessível

Sabemos que não é fácil escolher uma, porque a variedade é grande e a paisagem vai mudando ao longo da costa, mas aqui lembramos algumas das praias eleitas.

Porque não as vem conhecer in loco?

Porto Santo, Madeira
www.europeanbestdestinations.org
www.traveler.es
Considerada um dos segredos mais bem guardados da Europa, também foi uma das escolhidas pelos consumidores entre as mais bonitas. Com mar calmo, são 9 km de areia fina e dourada, ainda por cima, com qualidades terapêuticas. O ideal para descansar.

Porto Santo

Praia dos Galapinhos, Parque Natural da Arrábida
www.europeanbestdestinations.com
A praia perfeita no meio da natureza intocada. Foi assim que viajantes de todo o mundo descreveram a Praia dos Galapinhos quando a escolheram como a melhor praia da Europa, em 2017. É uma das praias do Parque Natural da Serra da Arrábida, que inclui uma zona costeira de águas límpidas e pequenas baías que vale a pena explorar.

Praia da Comporta
www.elmundo.es
No extremo sul da Península de Troia e nos limites da Reserva Natural do Estuário do Sado, a Praia da Comporta é muito procurada pelos veraneantes pela facilidade de acesso. O sossego e a tranquilidade deste pedaço de costa são fortes motivos de atratividade para muito visitantes. 



Supertubos, Peniche
www.bloomberg.com
Considerada como uma das melhores praias de tubos da Europa, é um spot privilegiado para a realização de grandes eventos como o campeonato Rip Curl Pro Portugal.

Praia das Berlengas
www.europeanbestdestinations.com
Longe das multidões e com acesso controlado de maio a outubro  a área protegida do Arquipélago das Berlengas, situada a 10 km de Peniche, tem uma única praia que faz as delícias dos veraneantes mais exigentes.  Foi essa exclusividade e a transparência das águas que levou a Best European Destinations a considerá-la uma das mais bonitas de 2016.

Praia do Norte, Nazaré
Em 2011, ficou famosa internacionalmente por ter a maior onda do mundo, surfada por Garret McNamara. Com 30 metros, foi um record a ultrapassar apenas por surfistas destemidos.



Ericeira

www.worldsurfingreserves.org  
O concelho tem várias praias com excelentes condições para surf, como as praias de Ribeira de Ilhas, dos Coxos ou a da Empa. Os seus 8 km de costa foram classificados como a 1ª Reserva de Surf da Europa e a 2ª do Mundo, segundo a organização mundial “Save the Waves Coalition”.

Praia do Amado + Praia da Arrifana, Aljezur
www.traveler.es
Considerada uma das melhores praias portuguesas para o surf, a Praia do Amado é procurada por praticantes de toda a Europa, sendo muitas vezes palco de provas de competições internacionais.

Praia de Salema, Vila do Bispo
www.theguardian.com
É uma das melhores praias da Europa para famílias, segundo o The Guardian. Esta pequena praia de pescadores, tem águas límpidas e tranquilas e um areal que permite uns bons passeios à beira mar.



Praia do Camilo + Praia do Benagil, Lagos
www.businessinsider.com
Duas praias a incluir na lista de sítios a visitar durante a vida. Aconchegadas entre falésias recortadas, são ex-libris do Algarve e valem certamente a descida até ao areal. De barco é possível visitar as grutas e pequenas praias secretas ao longo da costa.

Praia Dona Ana, Lagos
www.traveler.eswww.harpersbazaar.eswww.vuelaviajes.comwww.tripadvisor.com
A cor azul turquesa da água e os recantos naturais valeram-lhe a escolha da Condé Nast Traveler como uma das 50 mais bonitas do mundo, escolha reforçada pelos utilizadores do Tripadvisor em 2016. É uma das praias mais fotografadas do Algarve.

Praia da Marinha, Lagoa
www.tripadvisor.com
Recanto de natureza preservada, é uma praia muito cénica, enquadrada pela falésia esculpida pela erosão do vento e do mar. É considerada uma das cem melhores praias do mundo.



ALGARVE
www.worldtravelawards.com
Como se vê, algumas das praias premiadas ficam na região do Algarve, um facto reforçado pelo prémio que já ganhou nos World Travel Awards, como o Melhor Destino de Praia da Europa. 

Mas, na verdade, as praias em Portugal são muitas e sempre adequadas ao nosso estado de espírito: umas vezes apetece uma praia mais selvagem e abrigada, com pouca gente; noutras vezes precisamos de mais animação e uma festa ao fim da tarde com os pés na areia é o ideal; ou então, gostamos de horizontes largos e areais para caminhadas revigorantes à beira-mar.

Esta lista serve apenas de inspiração. O melhor é ir passeando ao longo da costa e ir espreitando… as únicas paragens obrigatórias são para dar um mergulho refrescante e assistir ao pôr-do-sol no mar. A não perder!


Ericeira, Reserva de Surf

O percurso ao longo do mar a norte de Lisboa é um dos passeios mais apreciados da costa portuguesa. Pelo caminho encontram-se boas surpresas, como a Ericeira, uma vila de pescadores com muita tradição ligada ao mar, reconhecida atualmente como uma das reservas de surf do mundo.

No mar, o trabalho diário dos pescadores tem apenas par na dedicação e presença habitual dos surfistas e bodyboarders que aqui encontram um refúgio especial. O campeão nacional Tiago Pires e muitos outros surfistas nasceram aqui e deram a conhecer esta pequena vila do concelho de Mafra que atualmente integra campeonatos mundiais como o WSL World Surf League Tour e o Quik Silver Pro Portugal.

As caraterísticas do mar e da costa, em que altas arribas alternam com pequenas enseadas de areal, a preservação de habitats naturais mediterrânicos e a cultura do surf que se vive fazem da Ericeira um destino procurado por surfistas de todo o mundo.

A área de costa que foi considerada pela organização norte americana Save the Waves Coalition como a 1ª reserva de surf da Europa e a 2ª do mundo tem 8 km e inclui praias que são uma referência em todo o mundo para a prática deste desporto, como as de Ribeira de Ilhas, a Baía dos Dois Irmãos, conhecida pela comunidade por Coxos, a praia da Empa, em frente à vila e a praia de São Lourenço.

A diversidade de ondas permite ter vários graus de dificuldade e, por isso, condições de excelência para a prática de desportos de prancha, sejam profissionais ou iniciados. As ondas mais desafiantes são a Pedra Branca, Reef, Ribeira d’Ilhas, Cave, Crazy Left, Coxos e São Lourenço. Para quem quiser iniciar-se na adrenalina dos desportos de mar, existem diversas empresas com aulas de surf que poderão ajudar a fazer as primeiras ondas ou a aperfeiçoar a técnica.

No entanto, quem chega à vila, não precisa de ser surfista para se sentir em casa. De ruas estreitas e ambiente acolhedor, o espírito de praia e férias sente-se todo o ano na Ericeira, pronta a receber visitantes de todo o mundo.

As praias perto da vila ou a da Foz do Lizandro, mais afastada, são mais abrigadas e por isso adequadas para famílias com crianças. Pode também fazer-se pequenos passeios pelas proximidades e visitar a Aldeia Típica de José Franco, uma aldeia miniatura em barro existente na localidade de Sobreiro, e o Convento de Mafra que inspirou o Nobel da literatura José Saramago no “Memorial do Convento”. Muito perto, na Tapada Nacional de Mafra, mandado construir pelo rei D. João V, para si e para a sua corte, após a construção do convento, no séc. XVIII, é atualmente um espaço lúdico em que se podem observar gamos, veados, javalis e outras espécies de fauna selvagem a viver em liberdade.

Outra sugestão de visita ligada à proteção da natureza é o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, na Malveira, dedicado a uma espécie em vias de extinção, habitualmente considerada perigosa.

Um dos maiores atrativos desta região é a sua gastronomia, repleta dos tradicionais sabores do mar. O peixe fresco grelhado é obrigatório mas o marisco também é muito apreciado, em particular as lagostas, que são criadas em viveiros de mar na Ericeira.


Costa Vicentina

Designada por Costa Vicentina, a faixa de litoral entre Odeceixe e Burgau é um Algarve diferente, onde a natureza preservada tem um carácter forte e selvagem, que se traduz em paisagens de uma imponência deslumbrante.

Esta área faz parte do Parque Natural que começa mais a norte no sudoeste alentejano e que constitui a maior extensão de costa portuguesa sujeita a proteção. As praias sucedem-se, ora com areais extensos a perder de vista, ou mais pequenos enquadrados por grandiosas arribas de xisto e calcário. O mar, agitado, produz uma sinfonia natural, que serve de banda sonora a este passeio à beira mar.

Partimos de Odeceixe, o ponto mais a norte, uma praia que se desenvolve para os dois lados de uma ribeira, proporcionando banhos de mar e rio. Por aqui encontramos areais pouco frequentados, alguns quase desertos com acessos pouco conhecidos como a Praia das Adegas reservada à prática do naturismo. Vale dos Homens, Carriagem, Amoreira e Monte Clérigo são outras praias a descobrir entre arribas cobertas de vegetação, que aqui e ali nos oferecem fabulosos panoramas sobre esta costa escarpada.

Erguido no século X, o castelo de Aljezur, o último a ser tomado aos mouros, brinda-nos com outras vistas sobre o casario branco, os campos e a Serra de Monchique ao longe. Aqui tem fama a batata-doce que se destaca na gastronomia regional, embora o lugar principal seja ocupado por mariscos - perceves, lapas e mexilhões - e pelo peixe fresquíssimo pescado à linha: os sargos, as douradas e os robalos, que são deliciosos grelhados apenas com um pouco de sal.

Continuando para sul, a paisagem é marcada pela Pedra da Agulha, um rochedo imponente que se eleva no meio do mar. Vê-se das praias da Arrifana, Vale Figueiras e Bordeira que possuem boas condições para a prática de surf e bodyboard. Mas a preferida dos surfistas é a Praia do Amado, cenário de diversas provas de competições nacionais e internacionais, com várias escolas destas modalidades.

Por todo o lado, campos de flores de cores garridas rodeiam estradinhas que nos levam a praias sossegadas. Como as da Barriga, Cordoama e Castelejo, cujos areais ficam ligados na maré baixa, formando uma longa extensão de areia dourada a contrastar com os grandes rochedos de xisto negro que as limitam. E há um bónus para os que estiverem mais atentos já que estas praias são frequentadas por uma colónia de lontras que utiliza o meio marinho para procurar alimento, uma raridade na natureza.

Mais para o interior fica Vila do Bispo, com a sua Igreja paroquial coberta com azulejos até ao teto. Uma estrada leva-nos ao Cabo de São Vicente e ao Promontório de Sagres o extremo sudoeste do continente europeu que parece avançar sobre o oceano e que na Idade Média se pensava ser o “fim do mundo”. As vistas fabulosas sobre o mar imenso vão-nos deslumbrar. Mas este também é o lugar certo para saber mais sobre a história da epopeia marítima dos portugueses que começou justamente em Sagres, conhecendo a sua fortaleza, a Capela e a Rosa dos Ventos com 43 metros de diâmetro. No Cabo, destaca-se o farol que com um alcance de 95 km é um dos mais poderosos da Europa, tendo sucedido a uma luminária que no século XVI era mantida acesa durante toda a noite pelos frades capuchos.

Esta zona também é excelente para a observação de aves, especialmente em outubro quando aqui acorrem espécies vindas de norte em busca de paragens mais quentes e se realiza o Festival de observação de aves. Mas noutras épocas do ano também podemos avistar outras aves como a garça branca, a águia de Bonelli e a águia pesqueira que está em perigo de extinção e tem aqui um dos seus dos últimos refúgios. Já se sabe que todas elas desaparecerão num ápice se notarem a nossa presença, pelo que é imprescindível respeitar o silêncio e caminhar sobre os trilhos.

No litoral virado a sul, esperam-nos outras praias com ótimas condições para a prática de desportos náuticos. Para além do surf e windsurf, toda esta zona que integra as praias de Beliche, Tonel, Mareta, Martinhal, Ingrina e Zavial é ideal para mergulhar e explorar grutas submersas e reentrâncias rochosas cheias de vida marinha. Em Salema e também no Burgau, já nos limites do Parque Natural, encontramos outras praias pitorescas em que a longa tradição piscatória ainda está bem presente. Chega ao fim este passeio por uma das mais belas e bem preservadas zonas do litoral europeu, onde nos sentimos parte integrante da natureza.


Ao longo da costa no Centro de Portugal

Não deixe de…
  • praticar desporto no areal da Figueira da Foz
  • saborear peixe grelhado num esplanada à beira-mar
  • fazer um passeio de moliceiro na Ria de Aveiro
  • observar aves aquáticas na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
  • assistir à chegada dos barcos de pesca nas Praias de Mira ou da Vagueira
  • provar o pão-de-ló de Ovar

Praias de areal muito largo limitadas por encostas resguardadas por dunas e pinhais, com areia branca e fina e mar batido de um azul profundo… assim é o litoral do Centro de Portugal. Imagens de grande beleza que podemos descobrir num passeio ao longo da costa, da Figueira da Foz até Esmoriz. 

Da Figueira a Mira

Alegre, cheia de vida e animação, a Figueira da Foz é uma das principais estâncias de veraneio. Para além do enorme areal onde se pode jogar futebol, vólei e um sem número de atividades, é conhecida pelo casino inaugurado no final do século XIX, altura em que a aristocracia enchia os seus elegantes salões. Hoje em dia recebe muitas provas desportivas, do surf à motonáutica, da vela ao rugby de praia, mantendo sempre o seu carácter cosmopolita. Seja verão ou inverno, ciclistas e patinadores são presença garantida na sua marginal que nos conduz à Praia de Buarcos, protegida dos ventos norte pelo Cabo Mondego

Seguindo a estrada florestal chegamos a outra praia - Quiaios, uma aldeia simpática de casas pequenas. A norte, encontram-se as Lagoas da Vela e das Braças, zona de piqueniques e de observação de aves aquáticas. Mais acima a praia da Tocha. Aqui ainda podemos admirar o engenho de construção dos velhos palheiros, assentes em esteios de pinho que foram erguidos pelos pescadores com madeira das matas da região. Serviam para guardar os seus utensílios e muitos deles hoje em dia são casas de férias. O areal dourado prolonga-se até à Praia do Palheirão, selvagem e quase deserta, um pedaço de natureza intacta rodeada de pinhal. 


Praia de Mira

A estrada florestal leva-nos à Praia de Mira, pequena aldeia piscatória até à primeira parte do século XX. Tanto aqui como na Praia da Vagueira, ainda se pratica a arte xávega, em que os barcos coloridos usam a técnica tradicional da pesca de arrasto, sendo hoje em dia os tratores a puxar as redes para a areia, substituindo assim as juntas de bois que antigamente desempenhavam essa tarefa. 

Perto de Aveiro
Na Praia da Costa Nova os pitorescos palheiros de madeira estão pintados às riscas de cores garridas, uma imagem de postal que todos gostam de registar. A Praia da Barra com o seu farol centenário, o mais alto do país, marca o ponto de encontro da Ria com o oceano, no final de uma língua de terra que tem início a vários quilómetros a sul no Areão. Apesar de se situar mais para o interior, junto a um dos braços da ria, Ílhavo é uma cidade ligada ao mar, cuja população teve um papel importante na pesca do bacalhau nos mares de gelo da Terra Nova. A memória desta história de séculos está bem representada no Museu Marítimo de Ílhavo e na gastronomia local. 


Costa Nova © Turismo Centro de Portugal

Numa imagem única de comunhão entre a terra e o mar, Aveiro é invadida pela ria, cujos braços se estendem pelo meio do casario em inúmeros canais. Atravessando a Ria de barco chegamos rapidamente à Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, uma grande área ao longo da costa. Num perfeito estado de conservação, é um espaço privilegiado para a observação da natureza, sobretudo das aves aquáticas que aqui se refugiam e nidificam, a que se soma outro grande atrativo - a Praia de São Jacinto, quase selvagem com um areal sem fim. 

Da Torreira a Esmoriz
A norte, a Praia da Torreira também se insere no cordão litoral que separa a Ria do mar, um areal contínuo sem interrupção que se estende ao longo de 25 quilómetros desde a Praia de São Jacinto e prossegue até à Praia do Furadouro. Aqui, quem quer fazer praia e desportos aquáticos tem sempre possibilidade de escolha: de um lado o mar, agitado, excelente para a prática de surf, e do outro as águas da Ria, mais tranquilas, ideais para vela ou windsurf. 


Praia da Torreira

Ovar, alguns quilómetros para o interior, vale bem a pena o desvio pelo seu famoso pão-de-ló, que complementa na perfeição a gastronomia regional em que o peixe tem lugar de destaque. Neste conjunto de praias que inclui ainda a norte a Cortegaça e Esmoriz, conservam-se as tradições da pesca artesanal que à mesa se transforma em deliciosos pratos, como as características enguias de escabeche ou de caldeirada e muitas outras formas de saborear o peixe fresco. Uma oportunidade a não perder quando se passeia pelo litoral.


Fim de semana em Troia

Não deixe de…
  • Passear na praia
  • Andar de bicicleta na ciclovia que atravessa a península de Troia
  • Fazer um passeio de barco para ver os golfinhos

Passeios de barco à procura de golfinhos, praias a perder de vista, restaurantes com peixe fresquinho e esplanadas em cima da areia... é a mais simples descrição de umas férias em Troia, ideal para viajar em família.

A cerca de uma hora de Lisboa, em Setúbal, pode apanhar o ferry-boat que atravessa o rio Sado e chegar ao complexo turístico de Troia. Nessa margem, encontra-se um dos mais extensos areais de Portugal, com 18 km de comprimento, que ficará por sua conta. Seja verão ou inverno, o microclima com temperaturas amenas permite passar uns dias com muitas atividades.

No areal dourado a perder de vista, com o mar de água límpida de um lado e pinhal do outro, poderá divertir-se com toda a família e se o tempo o permitir, até aproveitar para se dedicarem aos desportos náuticos. A zona é muito propícia ao windsurf e à vela, como se poderá perceber pela ocupação da Marina de Troia.

Também pode escolher Troia para fazer umas férias de golfe. O Troia Golf Championship Course, desenhado pelo famoso arquiteto americano Bobby Jones e verdadeiramente integrado na paisagem, é ótimo para ter a experiência de um bom desafio. Está na lista dos melhores campos de golfe da Europa e faz parte de algumas competições internacionais.

Neste ponto de encontro do rio Sado com o mar, é muito frequente ver golfinhos e fazer um passeio de barco com tempo para os observar é sempre uma boa sugestão. Ou para fazer observação de pássaros. Com o Parque Natural da Serra da Arrábida e a Reserva Natural do Estuário do Sado, motivos de interesse não faltam. Não muito longe, fica a Carrasqueira, um porto de pesca muito tradicional, construído sobre palafitas.

Em Troia, encontram-se sinais de ocupação humana desde há muitos séculos. As Ruínas Romanas são um dos vestígios arqueológicos mais importantes, datadas do séc. I. Eram o maior complexo de produção de conservas e molho de peixe no ocidente romano, o que também comprova a importância da pesca na economia local desde longa data.

Seguindo a estrada que atravessa esta língua de areia chega-se a outras praias, como a da Comporta, do Carvalhal ou do Pego, onde é muito fácil encontrar um bom restaurante para almoçar peixe fresco ou provar os petiscos da gastronomia local. Mas basta andar poucos quilómetros para variar de cenário. A seguir à praia da Galé, as dunas interrompem-se para dar lugar à lagoa de Melides, com uma falésia de arenito com cinco milhões de anos, e à Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha.

Já perto de Grândola, encontramos o Badoca Park, motivo de divertimento para toda a família, onde podemos fazer um "safari" e ver veados, búfalos, avestruzes, girafas, antílopes, zebras e outros animais ao ar livre que todos vão adorar, bem no meio do Alentejo.


Portimão

Situada no estuário do Rio Arade, Portimão é conhecida pelas excelentes praias de areais imensos com águas quentes e calmas, que a tornam um destino de férias muito sedutor.

Portimão possui uma longa tradição piscatória que se desenvolveu especialmente entre os séculos XIX e XX, com o advento da indústria conserveira e do turismo. São desta época grande parte dos edifícios que podemos ver percorrendo ruas e praças do seu centro histórico, bem como a estrutura que alberga o Museu de Portimão, excelente recuperação de uma antiga fábrica de conservas que recebeu o prémio Museu do Ano do Conselho da Europa em 2010. Aqui se homenageia o povo e a cidade que durante séculos viveu exclusivamente virada para o mar.

Também não devemos deixar de conhecer a Capela de São José de Alcalar de estilo simples e a imponente Igreja de Nossa Senhora da Conceição edificada no século XV no alto de uma colina, destacando-se no perfil da cidade; foi muito destruída pelo terramoto de 1755 mas mantém o seu belo portal gótico original. Para uma pausa nos passeios, o melhor será descansar à sombra das árvores do Jardim Manuel Bívar a ver passar os barcos de pesca e de recreio. Ou no passeio marítimo junto à Marina, um dos pontos mais animados da cidade tanto de dia como à noite. 

É na zona ribeirinha, junto à doca que se encontram grande parte dos restaurantes onde podemos saborear a sardinha assada, o prato que mais se destaca na gastronomia local. Apesar de consumida por toda a região e em todo o país, é famosa em Portimão e tem honras de festival em Agosto. Mas há muitas outras especialidades de peixe e marisco a experimentar, como as amêijoas, as feijoadas de búzios, as cataplanas ou as caldeiradas. Favas ou papas de milho e os doces tradicionais da região à base de amêndoa e figo, são mais alguns ingredientes desta oferta que não fica por aqui.

A cerca de três quilómetros do centro, a Praia da Rocha é talvez a mais conhecida das praias algarvias, sendo a imagem do seu areal enorme um cartaz turístico largamente difundido internacionalmente. Concorrida estância balnear desde o início do século XX, possui um casino e oferece um sem número de atividades de lazer. No século XV tinha também grande importância estratégica. Por isso foi aqui construída a Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar, que assegurava a defesa do porto e da população dos ataques dos piratas, fazendo fogo cruzado com o Forte de São João do Arade, mesmo em frente, em Ferragudo, junto a outro extenso areal justamente chamado de Praia Grande. 

A Fortaleza da Praia da Rocha é hoje um excelente miradouro sobre a cidade, o rio e o mar, que adquire um encanto especial ao fim da tarde com a luz do pôr-do-sol. Daqui podemos avistar também algumas das praias que se lhe sucedem para oeste, a começar na Praia dos Três Castelos. Umas mais pequenas, outras maiores, mas sempre enquadradas por rochedos recortados que embelezam a paisagem, seguem-se a Praia dos Careanos, do Vau, do Barranco das Canas, João d’Arens, Prainha e Três Irmãos. Esta sequência termina no longo areal da Praia do Alvor e na sua Ria, zona lagunar importante para observação de aves aquáticas.

Mas para ficarmos com uma ideia completa da zona de Portimão, há que apreciá-la de todas as perspetivas. Por exemplo, num passeio de barco ao longo da costa para conhecer praias inacessíveis por terra e admirar as formações rochosas. E aqueles que são adeptos da pesca grossa encontram aqui o destino ideal, pois neste mar fértil abundam espécies de grande porte, como os espadartes. Para apreciarmos outras paisagens, podemos subir o estuário do Rio Arade até Silves, passando entre colinas verdejantes. Numa curta distância encontramos uma panóplia diversificada de imagens que vão ficar gravadas na nossa memória.


Lagos

Em Lagos tudo parece convidar à praia e aos prazeres simples. Mas também há uma história de navegadores e piratas, resultado de uma cumplicidade com o mar que persiste nas traineiras coloridas que trazem o peixe para a lota, ou na Marina onde balouçam iates de todo o Mundo.

Esta ligação ao mar teve o seu ponto mais alto nos séculos XV e XVI, pois foi em Lagos que o Infante D. Henrique armou as caravelas que alcançaram a costa de África, dando início à epopeia dos Descobrimentos portugueses, e de onde partiu Gil Eanes, o navegador que demonstrou que o Mundo não acabava no Cabo Bojador e que o mar não era povoado por monstros. O seu nome foi dado à praça onde uma estátua polémica de João Cutileiro evoca o rei D. Sebastião, que fez de Lagos capital do Algarve, privilégio conservado até 1755. Foi também daqui que este rei partiu para a batalha de Alcácer-Quibir de onde nunca regressou, o que fez com que Portugal perdesse a sua independência para Espanha, só retomada em 1640. O povo, esse, ficou sempre à espera que ele voltasse numa manhã de nevoeiro, um sentimento de esperança num salvador que ficou gravado na alma portuguesa e ao qual se deu o nome de "sebastianismo".

Embora erguidos sobre construções anteriores, são desta época alguns dos principais monumentos, como o Castelo dos Governadores. Ou as Muralhas da cidade e o Forte da Ponta da Bandeira que a protegiam dos invasores, sobretudo dos corsários, e que hoje em dia oferecem belos panoramas sobre o casario e o mar. Foi também em Lagos, sob as arcadas da Praça Infante D. Henrique, que se realizou o primeiro mercado de escravos da Europa, espaço agora transformado em centro cultural com exposições e venda de artesanato.

Mas há muito mais para ver. Num percurso pelas ruas do centro histórico descobrimos o encanto desta cidade secular, reparando nas cantarias das portas e janelas, nos ferros forjados das varandas e nos pátios que garantem a frescura no verão. Ou na Igreja de Santo António que nos surpreende pela riqueza do seu interior revestido de talha dourada e azulejos, a que acresce a curiosidade de a imagem do santo que lhe dá nome ter a patente de tenente-geral, promoção ganha por este templo ter servido de capela do Regimento de Infantaria. Ao lado, o Museu Municipal possui núcleos interessantes de arqueologia e arte sacra.

E não podemos deixar de nos deliciarmos com a sua gastronomia. O peixe e o marisco são os ingredientes principais de diversas iguarias: de petiscos com amêijoas, perceves, ovas ou polvo, de sopas e açordas, ou especialidades como os carapaus alimados e as lulas recheadas. Os doces são outro ponto alto, destacando-se os dom-rodrigos, receita das freiras do Convento de Nossa Senhora do Carmo.

Da longa Avenida dos Descobrimentos apreciamos o perfil da cidade e a Marina cheia de vida e animação. Esta via conduz-nos ao mar e às praias, que são das mais bonitas do Algarve, tantas vezes distinguidas por entidades e revistas internacionais. Para leste fica a Meia Praia, um longo areal com cerca de cinco quilómetros que termina na Ria do Alvor. Para o outro lado sucedem-se areais mais pequenos banhados por águas transparentes, a que os rochedos esculpidos pela erosão acrescentam uma beleza deslumbrante. São assim as praias da Batata, Pinhão, Dona Ana e Camilo, com acesso a partir do centro da cidade. Mais à frente a Ponta da Piedade, o ex-libris da região, é uma formação rochosa impressionante com formas recortadas e grutas escavadas que poderá ser apreciada na totalidade num passeio de barco. Canavial, Porto de Mós e Praia da Luz completam esta oferta, que ainda inclui muitas conchas de areia de acesso difícil, algumas apenas alcançáveis por mar. São pequenos paraísos à espera de serem descobertos.


Nazaré

Não deixe de…
  • Subir ao Sítio
  • Saborear os pratos de peixe
  • Apreciar as proezas dos surfistas e bodyboarders mais destemidos
  • Ver o por do sol na praia

A praia da Nazaré, de clima ameno e com uma beleza natural, tem das mais antigas tradições de Portugal ligadas às artes da pesca.

O longo areal em forma de meia-lua, e que é também a frente de mar da cidade, é conhecido pela sua grandeza e pelos toldos de cores vivas que decoram a praia de areia branca em contraste com o azul da água.

Esta é a praia de Portugal onde as tradições da pesca são mais coloridas e não é raro cruzarmo-nos com as peixeiras que ainda usam as sete saias, como manda a tradição. Num fim de tarde de sábado dos meses de verão é imprescindível sentarmo-nos no paredão a assistir ao interessante espetáculo da "Arte Xávega" em que chegam do mar as redes carregadas de peixe e as mulheres gritam os seus pregões de venda. Se não percebermos exatamente as palavras, não é nada de preocupante. São códigos que muitas vezes só elas sabem. 

Virados para o mar, do lado direito, vemos um impressionante promontório. Trata-se do Sítio, onde temos uma das mais conhecidas panorâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até ao mar, a que se chega a pé, para os mais corajosos, ou subindo de ascensor. No alto, encontramos a pequena Ermida da Memória, onde se conta a lenda do milagre que Nossa Senhora fez impedindo o cavalo de um fidalgo, D. Fuas Roupinho, de se lançar no precipício. Verdade ou não, no Miradouro do Suberco mostra-se o sinal deixado na rocha pela ferradura, nessa manhã de nevoeiro de 1182. No Sítio, podemos ainda visitar o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e não muito longe, o Museu Dr. Joaquim Manso para saber mais pormenores sobre as tradições nazarenas. 

A partir do Sítio e com tempo para uma caminhada, atravessando o Parque da Pedralva, chega-se à Pederneira, um miradouro natural com uma vista imperdível sobre a costa da Nazaré. 

Atualmente, a grande atração desta cidade são as ondas e o surf, graças ao “Canhão da Nazaré”, um fenómeno geomorfológico submarino que permite a formação de ondas gigantes e perfeitas. Trata-se do maior desfiladeiro submerso da Europa, com cerca de 170 quilómetros ao longo da costa, que chega a ter 5000 metros de profundidade. 

O surfista havaiano Garrett McNamara deu-lhe a visibilidade mundial quando, em 2011, fez a maior onda do mundo em fundo de areia, com cerca de 30 metros, na Praia do Norte, vencendo o prémio Billabong XXL Global BigWave Awards e batendo um record do Guiness Book. À sua semelhança, surfistas de todo o mundo visitam a Nazaré todos os anos para se aventurarem no mar, sobretudo durante o Inverno. Entre Novembro e Março, aguarda-se pacientemente que as maiores ondas se revelem, durante uma longa etapa do campeonato mundial de ondas gigantes, o Nazaré Tow Surfing Challenge. Na praia, os banhos de sol também são apreciados e uma excelente plateia para apreciar as proezas destes jovens. 

Para conhecer a Nazaré não se dispensa um passeio descontraído pelas ruas estreitas, perpendiculares à praia, e uma pausa num dos restaurantes para saborear um prato de marisco fresco, peixe grelhado ou uma apetitosa caldeirada. E ao cair da tarde, nada como apreciar o sol poente numa qualquer esplanada com vista para o mar, enquanto as luzes se acendem e anoitece.


Cascais e a Costa do Estoril

Não deixe de…
  • saborear uma refeição de peixe fresco, com vista para o mar
  • conhecer Cascais de bicicleta
  • comer um gelado, à beira mar
  • ir à praia
  • aprender a fazer surf
  • divertir-se nas noites quentes de verão de Cascais e do Estoril

Cascais e o Estoril, na costa a norte de Lisboa, tornaram-se um dos locais mais cosmopolitas e turísticos de Portugal, a partir do momento em que o rei D. Luís I escolheu a baía para sua residência de verão, no final do séc. XIX.

O clima ameno e uma média de 260 dias sem chuva por ano foi com certeza um motivo forte para esse facto e para as famílias mais abastadas da época seguirem a casa real e aí terem as suas vivendas e palacetes. Vale a pena fazer o passeio e sentir ainda hoje o ambiente desses tempos.

Para lá chegar, ir pela estrada marginal de Lisboa até Cascais ou de comboio é uma boa opção. É um percurso muito cénico, sempre acompanhando o rio Tejo e as concorridas praias da costa do Estoril. Ao longo do caminho, passamos por vários fortes que defendiam a capital, em fogo cruzado com o Forte do Bugio, bem no meio da foz, entre Santo Amaro, de um lado, e a Trafaria, na outra margem.


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