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500 anos de Camões

Portugal, onde o amor e o mar são eternos

Embarque numa viagem que comemora os 500 anos do nascimento do célebre poeta Luís Vaz de Camões. Descubra o espírito intemporal do país, onde a tradição e mudança convivem em harmonia. Sinta a intensidade do amor e a vastidão do mar que inspiraram os versos de Camões.

Camões e o mar
Portugal é uma porta de entrada para o Atlântico, onde o mar é tão parte da vida como a própria terra. O ritmo das ondas, o horizonte e a brisa salgada foram as mesmas forças que inspiraram as obras de Camões. Em «Os Lusíadas», Luís de Camões descreveu a partida das naus portuguesas de Lisboa para a Índia, mas poderá sentir o mesmo espírito de descoberta noutros locais à beira-mar, como em Sagres, onde outrora os navegadores encaravam o desconhecido, ou em Sines, onde nasceu Vasco da Gama, figura histórica e personagem central do poema épico de Camões.

Tal como para os navegadores, Portugal oferece inúmeras oportunidades para os amantes da natureza e da aventura. Desde surfar nos vários spots de norte a sul do país, a velejar ao longo da costa portuguesa, existe uma forma de cada viajante viver esta relação entre Portugal com o mar, onde oceano não é apenas cenário; é uma presença, um lembrete do seu papel na construção da história.

Os caminhos do poeta
Para os amantes da literatura, Portugal oferece uma viagem no tempo, onde cada vila e cada monumento revela histórias e homenagens ao célebre poeta. Lisboa, onde Camões viveu e morreu, é o ponto de partida perfeito para uma jornada em busca das suas memórias.

No coração da cidade, há lugares como a Biblioteca Camões, situada no Largo do Calhariz, onde o nome do poeta é celebrado através de um acervo cultural que mantém viva a sua herança. No Miradouro de Santa Catarina, conhecido como Miradouro do Adamastor por causa da escultura do gigante personificando o Cabo das Tormentas que aí se encontra, é um símbolo das forças da natureza que Camões descreveu com tanto vigor. Muito próximo, no Largo Luís de Camões, ponto de encontro no charmoso bairro do Chiado, uma estátua presta homenagem ao poeta, imortalizando o seu contributo para a literatura portuguesa.

Na Baixa, ao caminhar pela Rua das Portas de Santo Antão, entre no Pátio do Tronco, onde Camões foi preso, lugar marcado por um painel de azulejos que o homenageia. Subindo a Calçada de Santana, encontrará a casa onde se crê que Camões tenha vivido os seus últimos dias, no nº 139.

A caminho do bairro de Belém, visite o Museu Nacional de Arte Antiga que abriga uma excecional coleção de arte portuguesa, incluindo pinturas, esculturas e artes decorativas dos períodos medieval e renascentista. Dedique algum tempo para apreciar as obras que retratam cenas dos «Lusíadas» e ganhe uma apreciação mais profunda das representações visuais do épico de Camões.

Em Belém, o Mosteiro dos Jerónimos é uma obra-prima arquitetónica e um símbolo das descobertas marítimas portuguesas. Construído em estilo manuelino, este Património Mundial da UNESCO está intimamente ligado à obra de Camões, «Os Lusíadas». Reserve um tempo para apreciar os detalhes na fachada e explore o seu belo interior, incluindo o túmulo de Luís de Camões e de Vasco da Gama.

A poucos passos do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a icónica Torre de Belém que outrora guardava a entrada do porto da cidade. Este local testemunhou as partidas e chegadas de muitos dos navegadores mencionados em "Os Lusíadas". Suba até ao topo para desfrutar da vista panorâmica sobre o Rio Tejo e refletir sobre a importância histórica do passado marítimo de Portugal. Não deixe também de subir ao Padrão dos Descobrimentos, voltado para o Rio Tejo, que celebra as grandes figuras da era das viagens marítimas, onde Camões também está representado.

Embora Lisboa seja o local mais frequentemente apontado como a sua cidade natal, há quem defenda que Camões nasceu em Chaves. O roteiro camoniano desta cidade passa por vários locais de destaque histórico e cultural, incluindo a Praça de Camões, o Museu da Região Flaviense – instalado no Paço dos Duques de Bragança, preserva a história local e o possível legado do poeta na região – e a Torre de Menagem do antigo castelo medieval, um ponto de observação e memória que remete para o contexto histórico em que viveu e escreveu.

Acredita-se também que Camões tenha estudado em Coimbra, talvez no Mosteiro de Santa Cruz, onde se formaram alguns dos maiores pensadores da época. Coimbra, com o seu ambiente universitário, nas margens do Mondego, reflete o espírito de juventude e descoberta que marca os primeiros anos do poeta. Percorrer esta cidade é voltar ao tempo em que o poeta dava os primeiros passos na literatura e no pensamento.

A memória de Camões encontra-se ainda em vilas como Constância, onde dizem que terá vivido. Ao passear pelas ruas estreitas desta zona ribeirinha, sentirá que recuou no tempo, rodeado pelas mesmas paisagens e arquitetura que inspiraram os seus versos. Anualmente no dia 10 de Junho realizam-se as «Pomonas Camonianas», festas que retratam a época em que viveu o poeta, prestando-lhe homenagem. Visite o Jardim Horto de Camões, onde podemos encontrar 52 espécies botânicas referidas na obra lírica e nos «Lusíadas».

Ainda para os admiradores de «Os Lusíadas» e da história de Portugal, uma visita a Aljubarrota oferece uma viagem à essência do heroísmo português celebrado por Camões. Comece pelo CIBA – Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota e siga para o Campo de Batalha, onde o poeta exalta o valor de D. Nuno Álvares Pereira. No centro de Aljubarrota, conheça a lenda da Padeira de Aljubarrota, uma figura de resistência que ecoa o espírito de liberdade e da coragem que perpassa a obra de Camões. Continue pelo Mosteiro da Batalha, erguido em homenagem à vitória de 1385, e explore o Museu para uma visão mais profunda do contexto histórico.

A 10 de junho, dia da sua morte em 1580, comemora-se o Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas.

Na celebração dos 500 anos de Camões, descubra o legado de um poeta cujas palavras captaram a essência de ser português e floresceram ao longo dos séculos. Através dos livros e escritores, viva o espírito de um Portugal onde tradição e inovação coexistem e deixe que a obra do poeta seja o ponto de partida para a sua própria jornada de descoberta.


A experiência da vindima em Portugal

Participe na arte de fazer o vinho

Se quando viaja procura vivências únicas e autênticas, ser como um verdadeiro português, e se se considera um apreciador de vinho, então sugerimos que adicione a experiência das vindimas em Portugal ao seu itinerário. 


Harvest in Douro @Jose Sarmento Matos_Vallado&WineFest

Portugal é um país de forte tradição vitivinícola e a excelente qualidade dos seus vinhos é conhecida em todo o mundo, tendo conquistado inúmeros prémios e distinções em concursos internacionais ao longo dos anos. E para os conhecer e apreciar, nada como visitar as regiões onde são produzidos. O vinho é também um excelente pretexto para descobrir as paisagens, o património, a cultura e as pessoas que aí vivem.

A vindima é um dos momentos mais aguardados nas regiões vitivinícolas de Portugal, tanto pelos produtores como pelos visitantes. É uma das atividades mais antigas de Portugal e certamente uma das mais genuínas e tradicionais. 


Harvest in Douro region @Joao Ferrand_Coleção Instituto dos Vinhos do Douro e Porto 

O dia exato para o início da vindima é decidido todos os anos, pois depende do clima, da variedade da uva, da localização da vinha, da temperatura, da humidade, entre outros, mas normalmente ocorre entre o fim do verão e início do outono. Há várias adegas com programas especiais de vindima, onde se pode participar com os habitantes locais e ajudar a produzir vinho, existindo algumas adegas que permitem levar para casa o resultado do seu trabalho. Já imaginou partilhar com os seus amigos uma garrafa de vinho produzido por si?


Alentejo vineyards @ Joao Silva_Quetzal_Alentejo Tourism Board

As vindimas decorrem em todo o Portugal, continental e ilhas, mas é no Alentejo e no Douro, que surgem mais programas de enoturismo que fazem as delícias dos visitantes que pretendem mergulhar na tradição milenar destas regiões e descobrir o processo de produção de vinho. Sendo a mais antiga região vinícola demarcada do mundo e Património Mundial da UNESCO, a paisagem do Vale do Douro é ainda mais impressionante durante a época das vindimas. Os socalcos tornam-se vermelhos e roxos, a paisagem reveste-se de verde, vermelho e castanho, um lugar verdadeiramente mágico com um clima agradavelmente quente. Já no Alentejo, região reconhecida pelos seus vinhos de elevada qualidade e até pelo seu trabalho em harmonia com o meio ambiente, a época das vindimas aqui tem um sabor especial para todos aqueles que pretendam conhecer não só os néctares da região, mas também participar em vários tipos de experiências.


Douro Valley @PortoandNorth Tourism Board

O ritual da vindima começa com a apanha das uvas à mão, enchendo os cestos que grupos de vindimadores carregam às costas... por isso é tão especial e único. As uvas são então levadas para grandes lagares e pisadas por um grupo de trabalhadores para as esmagar e espremer o líquido, a chamada pisa, que origina o mosto. É uma ocasião festiva, pelo que este trabalho é feito ao som de alguém que marca o ritmo dos passos com uma canção. Os trabalhadores abraçam-se e pisam as uvas de uma forma sincronizada e única. Depois de produzido, filtrado e fortificado com uma aguardente local, o vinho é armazenado em barris de madeira durante um tempo que varia consoante o vinho.


Harvest in Alentejo @Jose Sarmento Matos_Herdade do Esporão

Como vê, é possível participar em todas as etapas da vindima, sempre com uma vista magnífica sobre as paisagens do Douro ou sobre as planícies alentejanas e, como diz o provérbio popular, “Até ao lavar dos cestos, é vindima”. Portanto sirva-se de um copo de vinho, pegue na sua agenda e coloque as vindimas em Portugal no topo da sua lista de viagens.


Wine toast @Joao Silva_Herdade da Malhadinha Nova

Venha a Portugal e crie memórias connosco! À Saúde! Tchim-Tchim.

 


Viajar com calma em Portugal

Vá, vagueie, perca-se

Portugal é um destino perfeito durante todo o ano. Mas para experienciar verdadeiramente a alma de Portugal, é essencial abrandar e "perder" tempo a explorar os tesouros ocultos e as regiões menos conhecidas do país.

Deixe-se levar e saboreie tudo que temos para oferecer: as diferentes paisagens, os aromas e sabores da nossa gastronomia, as tradições culturais únicas, os sons da natureza, do Fado e da guitarra ou explore o interior de Portugal pela Estrada Nacional 2 que cruza o país de uma ponta à outra e interaja com as comunidades locais, ao seu próprio ritmo e com a liberdade de poder escolher o que quer ver ou o que quer fazer.

Em Portugal, viajar lentamente é especialmente gratificante. O país conta com uma abundância de pequenas aldeias, como as Aldeias do Xisto ou as Aldeias Históricas no Centro de Portugal, onde o tempo passa mais lentamente e as pessoas têm sempre tempo para dar as boas-vindas aos visitantes e partilhar as suas tradições.

Os Parques e Reservas Naturais, Geoparques e Reservas da Biosfera reconhecidos pela UNESCO asseguram que Portugal é também um destino de preferência para atividades ao ar livre, quer sejam mais contemplativas, como observação de aves ou observação de estrelas, ou mais ativas, como canoagem, rafting ou passeios por trilhos de natureza a ou em bicicleta. Pode seguir o seu próprio ritmo, sentindo os aromas e os sons que, de outro modo, passariam despercebidos. Quer escolha ter o mar como companhia, tal como na Rota Vicentina que atravessa a Costa Alentejana e Vicentina, ou subir e descer montanhas, como nos Arquipélagos dos Açores ou da Madeira, as opções de trilhos são infinitas e são uma ótima escolha se preferir combinar exercício físico com o contacto com a população local.

Para muitos viajantes que optam por viajar lentamente, não pode faltar uma visita à região do Alentejo. O ritmo sem pressas da região encoraja-o a abrandar e a apreciar as coisas simples da vida, como o sol quente na sua pele, as suas colinas onduladas, as vinhas e olivais, almoços demorados com amigos, e, claro, Évora, a cidade histórica do Alentejo, que será a Capital Europeia da Cultura em 2027, com um conceito baseado no “Vagar", a filosofia de apreciar a vida com uma abordagem de vida “lenta”.

Durante a sua visita, saboreie a nossa Dieta Mediterrânica, classificada como Património Mundial pela UNESCO e parte da identidade da gastronomia portuguesa.  Está baseada em produtos frescos, naturais e maioritariamente de origem local, na utilização de azeite, na presença constante de peixe fresco e no consumo limitado de carne vermelha, no papel da fruta, leguminosas e legumes – tudo nesta dieta forma parte de um estilo de vida saudável. Apoie também a economia local, ao preferir o consumo de alimentos da época, ao ser mais sustentável e ao optar por comprar em lojas e mercados locais.

Lembre-se: estas experiências não devem ser apressadas, portanto leve o seu tempo a mergulhar profundamente em tudo que Portugal tem para oferecer e será recompensado com memórias para a vida.


Portugal de comboio

Apanhe o comboio e descubra Portugal ao seu ritmo. Embalado pelo andamento admire paisagens de sonho da sua janela, em família, a dois ou sozinho. Além das viagens regulares, existem diversos programas para conhecer Portugal de comboio e, entre tantas propostas, decerto vai encontrar alguma que lhe agrade.

Já se imaginou a passear num comboio a vapor com mais de um século de existência? E se lhe acrescentar uma paisagem tão bela como a do vale do Rio Douro? Tudo isto é possível no Comboio Histórico do Douro, que durante os meses de junho a outubro, o leva numa verdadeira viagem no tempo à beira do rio, entre a Régua e o Tua, marcada pela beleza da paisagem classificada pela UNESCO como Património Mundial. Se gostou desta sugestão, pode fazer outra viagem, mas desta vez a bordo do Comboio Histórico do Vouga, que o leva de Aveiro a Macinhata do Vouga. Depois de visitar o Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga, na viagem de regresso poderá visitar o centro histórico de Águeda.

Em todas as épocas do ano há sempre alguma festa a acontecer em Portugal. Sabia que pode ir de comboio a algumas delas? Existem diversos programas que o levam aos locais onde as festas se realizam, preparados com todos os detalhes para que possa participar e aproveitar ao máximo estas experiências. Por exemplo, a Rota das Amendoeiras, que se realiza em fevereiro/março, época em que as amendoeiras estão em flor e cobrem os campos de branco. O passeio leva-o às paisagens deslumbrantes do Alto Douro, com visita ao Museu do Côa,  articulando com percursos de autocarro para que não perca nada deste espetáculo deslumbrante.

Durante as Festas da Cereja em maio/junho, embarque na Rota das Cerejas do Fundão e vá de comboio até ao sopé da Serra da Gardunha no centro de Portugal, para descobrir os encantos da Linha da Beira Baixa e participar na apanha deste fruto, saborear a gastronomia local ou visitar localidades históricas.

Já em setembro, são as vindimas que marcam o calendário no Douro Vinhateiro. O comboio leva-o à Régua e depois espera-o um programa que inclui visitas às adegas e quintas onde se produz o vinho, degustações e até a participação nas “lagaradas” – a pisa das uvas no Douro Vinhateiro, onde não faltará convívio e festa enquanto participa na vindima.

Mas as sugestões não ficam por aqui... também há programas especiais para festivais de música, para os Santos Populares em Lisboa e no Porto, para a Romaria da Senhora da Agonia em Viana do Castelo, ou para a Rota da Bairrada no Centro de Portugal, entre tantos outros.

Para jovens entre os 12 e os 30 anos inclusive, existe o cartão Intra_Rail, para conhecer Portugal, com alojamento garantido nas Pousadas de Juventude; ou o Portugal Rail Pass, uma forma fácil de conhecer o país de norte a sul de comboio, durante 3 ou 7 dias, para não residentes em Portugal.

Já imaginou até onde o comboio o pode levar? Faça a sua escolha e reserve com antecedência o programa que mais lhe interessar em www.cp.pt. Boa viagem!

 


Rota do Pão-de-Ló

Portugal é um país rico em gastronomia e doçaria; uma caraterística muito lusitana, de servir e deliciar quem está à mesa. Mas entre tantos bolos e doces tradicionais daqui e dali, prontos a meter o ponto final numa farta refeição ou a trazer cor a uma pausa a meio do dia, há uma iguaria que une os portugueses: o Pão-de-Ló.

Mais cremoso ou mais seco, mas sempre fofo, é um bolo que remonta pelo menos ao séc. XVIII. Acredita-se que a versão original portuguesa derivou da genovesa, o Génoise, criado por Giovan Battista Cabona; ou de criações ibéricas da época renascentista, que eram apelidadas de "Pão de Espanha". O que é certo é que esta delícia esponjosa até hoje maravilha pessoas de todas as culturas e gerações.

A receita, na variedade mais básica, é muito simples. São três os ingredientes essenciais: ovos, açúcar e farinha de trigo. Não leva fermento nesta versão; bate-se o açúcar com os ovos, acrescenta-se a farinha e vai ao forno. Mas eis a riqueza do Pão-de-Ló: há tantas variantes, do norte ao centro do país, famosas em todo o território e cada português tem a sua preferida.

Comece-se por Guimarães, bem a norte do país, que se destaca por contar com raspas de limão neste doce. Uns 25 quilómetros a sul, chega-se à freguesia de Margaride, em Felgueiras, onde o pão-de-ló se carateriza pela confeção com batedores de madeira e uma ida a um forno de abóbada de barro, em forma de barro também. Perto, a oeste, na cidade de Vizela, encontra-se o Pão-de-Ló mais distinto, o Bolinhol; este destaca-se por ter forma retangular e ser coberto de calda de açúcar.


©Emanuele Siracusa / Centro Portugal

Mais a sul, no cruzamento entre o Douro e o Tâmega, há uma tradição mais manual no que toca à confeção: os elementos são batidos durante dez minutos com as mãos, seguindo depois para forno de barro. Em Arouca, o Pão-de-Ló serve-se com uma particularidade: para além da calda de açúcar de Vizela, o doce é preparado em fatias e embalado, vendendo-se assim ao público. E para uma textura extra fofa e cremosa, nada como rumar até ao litoral; lá, o pão-de-ló de Ovar (que conquistou denominação de origem protegida em 2016) conta com um interior húmido, cujo ponto de cozedura vai depender inteiramente da destreza e discernimento do pasteleiro.

Já nas imediações de Ílhavo, o pão-de-ló de Vagos não é habitualmente comercializado, apesar de se distinguir dos demais com um travo de laranja e um gostinho de sal. Em Figueiró dos Vinhos, o aspeto do bolo não se fica por menos: é cozinhado numa forma tipo bundt, e adquire um aspeto de anel raiado. Perto de Peniche, em Alfeizerão, o Pão-de-Ló tem direito a álcool, na forma de aguardente vínica; é côncavo ao centro, o seu exterior crocante e é mais baixo do que a generalidade dos pães-de-ló.

Também temos o pão-de-ló de Rio Maior, com um diâmetro de 20 a 25 centímetros e uma cor mais torrada do que a dos demais. O de Alpiarça, nas imediações de Santarém, é o mais mole do país; ao trilhar uma fatia, o creme escorre, vistoso e instagramável. Ainda podemos encontrar em Portugal o não-oficial "pão-de-ló à Brasileira", com uma textura ímpar por serem usados menos ovos.

Fora de Portugal, o japonês "Kasutera", especialidade de Nagasáqui, compara-se bem ao luso, que foi para lá importado há séculos por mercadores portugueses e, nos países anglófonos, são típicos os "sponge cakes", de aspeto relativamente semelhante ao Pão-de-Ló.

É um percurso de norte ao centro, de sabores variados com uma receita em comum, mas uma coisa é certa: onde quer que se coma um pão-de-ló português, fica o travo de terras singulares, a história e evoluções na confeção e um prazer sem comparação. Deixe-se deliciar!


Surf no Centro de Portugal

Entre os concelhos de Ovar e Torres Vedras, são cerca de 300 km de costa atlântica na região Centro de Portugal que os surfistas podem explorar à procura da onda perfeita ou simplesmente para se deixarem surpreender pela variedade de ondas.

O verão é a estação do ano mais convidativa na costa oeste para fazer praia, mas é no início do outono e no inverno que se podem ver as melhores provas de surf, quando o mar se torna mais vivo e desafiante.

Nazaré e Peniche são locais de grande referência internacional, mas existem outros surf spots que vale a pena conhecer. Um percurso ao longo da costa irá revelar praias com condições de excelência. Para quem ainda não tem muita prática ou para quem quiser conhecer melhor as caraterísticas do mar atlântico, as escolas de surf têm programas para descobrir os melhores spots e as melhores ondas longe dos lugares mais concorridos.

Aveiro
Aveiro © André Carvalho

Indo de norte para sul, a costa de Aveiro pode ser a primeira paragem. É raro o dia em que não há ondas na Praia da Barra, com vários picos que agradam a qualquer tipo de surfista. A Praia da Costa Nova poderá não ser um spot de surf mas é conhecida pelas casas coloridas às riscas brancas, vermelhas e azuis e vale a pena visitar, assim como a Praia de Mira, uma das primeiras a ter Bandeira Azul em Portugal e um dos locais onde ainda se preservam os métodos tradicionais de pesca. Nesta costa, os pescadores ainda praticam a Arte Xávega, em que as redes são lançadas ao mar em pequenas embarcações e recolhidas a força de braço para o areal (atualmente já com a ajuda de máquinas).

Em termos de singularidade, as praias da Figueira da Foz são muito apreciadas pela comunidade surfista por terem ondas direitas longas. A da Praia de Buarcos chega a atingir os 800 metros no inverno e dizem ser a mais comprida da Europa. Foi na Praia do Cabedelo que se realizou a primeira edição do campeonato mundial de surf, em Portugal, nos anos 80.


Primeiro Molhe, Figueira da Foz © André Carvalho

Continuando o percurso ao longo da costa e acompanhando a longa extensão verde do Pinhal d’El Rei, uma mata com vários séculos plantada nos séculos XIII e XIV, vale a pena passar por São Pedro de Moel, com a sua baía em concha, protegida do vento norte.

Chega-se depois à Nazaré, com um mar surpreendente. O fundo do mar forma um desfiladeiro com 230 km de extensão e 5.000 metros de profundidade conhecido por “canhão da Nazaré”, dando origem a ondas gigantes que terminam na Praia do Norte. Conhecido pelos surfistas portugueses mais destemidos, o fenómeno ganhou um lugar no surf mundial quando o havaiano Garret McNamara bateu o record do Guiness ao surfar uma onda de 30 metros. Desde então, muitos apreciadores do espetáculo do surf acorrem a este local, que tem no Forte de São Miguel Arcanjo um ponto de observação privilegiado.

Nazaré
Garrett MacNamara Wave, Praia do Norte, Nazaré © Tomané

Cerca de 60 km a sul, a península de Peniche é um lugar especial para fazer surf. A sua formação proporciona uma parte da costa virada a norte, onde se encontram as praias dos Belgas, Almagreira, Lagido e Norte, e outra parte virada a sul, abrigando as praias do Molhe Leste, Medão Grande, Consolação e Batel. Os surfistas podem contar com um vento offshore e muitos dias de ondas tubulares, condições ideais tanto para quem tem mais experiência como para amadores. A praia de Medão Grande, mais conhecida pelo nome de Supertubos devido à forma das suas ondas, é uma das mais importantes, onde todos os anos decorre o campeonato Meo Rip Curl, uma etapa do World Surf League.

Peniche
Peniche © André Carvalho

Muito perto, as praias recortadas do concelho de Torres Vedras, como a Praia de Santa Cruz são um desafio para os melhores surfistas mundiais e frequentemente escolhidas para organizar várias competições internacionais de surf, como o Santa Cruz Ocean Spirit.

Praia de Santa Cruz
Santa Cruz Beach Noah Surf Bar © Emanuele Siracusa

Entre surf e praia, o passeio é enriquecido pelo património e pelas tradições das vilas e aldeias piscatórias que se vão descobrindo ao longo da costa, sem perder as especialidades de peixe fresco e marisco da gastronomia portuguesa, com uma forte ligação ao mar.


Viana do Castelo - Itinerário Acessível

À beira do mar, na foz do Rio Lima, Viana do Castelo tem sido reconhecida ao longo da história pela sua importância nas atividades ligadas ao mar, seja pela participação nos Descobrimentos Portugueses dos séculos XV e XVI, seja como porto da pesca do bacalhau que persistiu até aos nossos dias. No geral, é uma cidade com boas condições de acessibilidade, permitindo definir percursos de uma forma inclusiva a todos os que a visitam e uma circulação estável, segura e confortável do turista.

Acompanhe o itinerário com este mapa

Forte de Santiago da Barra (1) – Igreja de Nossa Senhora da Agonia (2) – Igreja de São Domingos (3) – Museu de Artes Decorativas (4) – Navio Gil Eanes (5) – Centro Cultural (6) – Praça da Liberdade (7) – Biblioteca Municipal (8) – Jardim da Marina (9) – Museu do Traje (10) – Praça da República (11) – Antigos Paços do Concelho / Edifício da Misericórdia (12) – Sé Catedral (13) – Igreja da Misericórdia (14) – Basílica de Santa Luzia (15)

Por toda a cidade, o pavimento apresenta-se em bom estado de conservação. O centro histórico, onde se encontra a maior parte dos pontos de interesse, é composto, na maioria, por ruas pedonais, com corredor central em lajes de granito e inclinação reduzida. As passadeiras encontram-se rebaixadas ou niveladas, permitindo uma passagem segura, embora a maior parte não tenha sistemas de sinalização tátil ou sonora. Ainda de referir que, junto ao Rio Lima, nas zonas comerciais e na zona de maior fluxo de trânsito, a estrada é constituída por cubos de granito, o que origina alguma trepidação para quem se movimenta em cadeiras de rodas ou com carrinhos de bebé. À semelhança de outras cidades, as barreiras comercias são comuns, como esplanadas e escaparates à porta das lojas e restaurantes.


Photo: Viana do Castelo © Shutterstock / homydesign

Viana do Castelo tem uma longa frente de rio, muito agradável para passear, mas, no entanto, o turista deverá adotar uma atitude de precaução, devido à ausência de proteções anti queda. Sugerimos um itinerário com início junto ao rio, no Forte de Santiago (1). Protegia a barra no séc. XVI, mas atualmente é um bom miradouro com vista sobre o mar e a cidade ribeirinha. No acesso ao interior, há que ter em atenção o pavimento ligeiramente degradado que provoca alguma trepidação.

Siga pelo Campo da Senhora da Agonia, onde se encontra o Santuário (2), construído no séc. XVII, centro das tradicionais Festas que atraem tantos visitantes a Viana do Castelo durante o mês de agosto. As ruas forradas a tapetes de flores, a Romaria de Nossa Senhora da Agonia, a Festa do Traje, o Desfile dos Gigantones e Cabeçudos, ao ritmo de grupos de bombos, os desfiles no rio e o Fogo de Artifício final são pontos altos de um programa cultural animado, que se prolonga pelo mês inteiro.


Photo: Igreja de São Domingos © C. M. Viana do Castelo

Continue pela Rua General Barbosa, pesando pela Igreja e Convento de São Domingos (3), do séc. XVI, e pelo Museu de Artes Decorativas (4), onde se pode apreciar uma boa coleção de faiança portuguesa antiga, que sobressai entre peças de artes decorativas, pintura e desenho desde o séc. XVI até ao séc. XIX.

Sugerimos seguir até à frente de rio, onde poderá visitar o interessante Navio Hospital Gil Eannes (5), que durante muitos anos deu apoio aos barcos da pesca do bacalhau, recordando igualmente a construção naval da cidade. Neste passeio, passará por exemplos de referência da arquitetura contemporânea, o Centro Cultural (6) da autoria do arquiteto Siza Vieira, a Praça da Liberdade (7) desenhada por Fernando Távora e a Biblioteca Municipal (8), de Eduardo Souto de Moura. O espaço amplo e acessível do Jardim da Marina (9) será uma boa escolha para fazer uma pausa e descansar um pouco antes de prosseguir para o Centro Histórico.

Recomeçamos o itinerário no Museu do Traje (10). A história dos trajes populares usados no durante as festividades de Nossa Senhora da Agonia, em particular no “Desfile da Mordomia”, em que as raparigas desfilam com os seus vestidos tradicionais enriquecidos com fios de ouro em filigrana, um dos mais antigos ofícios, é um aspeto cultural importante na história de Viana do Castelo.


Photo: Praça da República, Viana do Castelo © Shutterstock / Ana Marques

Chegando à Praça da República (11) está no coração da cidade. Com origem no séc. XVI, encontram-se aqui os antigos Paços do Concelho (12) que D. Manuel I mandou construir, a Casa e Igreja da Misericórdia (14), do séc. XVII-XVIII e a Sé Catedral (13), Igreja Matriz de Viana do Castelo, construída no séc. XVI com elementos românicos e góticos, que vale certamente a pena visitar. A ter em atenção que perto da Sé, algumas ruas requerem um esforço maior devido à ligeira inclinação, como é o caso da Rua Gago Coutinho. Passeie-se à vontade e aprecie o ambiente antigo das ruas e dos edifícios de fachadas trabalhadas em pedra.

Quem chegar de comboio, ficará mais perto deste centro histórico e por isso poderá inverter o percurso seguindo sempre as indicações de acessibilidade que encontra no mapa do Itinerário Acessível.

Santuário de Santa Luzia
Photo: Basílica de Santa Luzia, Viana do Castelo © João Paulo

Fora do perímetro urbano, a visita à Basílica de Santa Luzia (15), um monumento datado de inícios do séc. XX, é indispensável. Acessível por carro ou de elevador, no topo irá encontrar uma vista deslumbrante sobre a região, razão suficiente para ultrapassar a ligeira trepidação na envolvente do santuário, devido ao pavimento em paralelos de basalto.


Rota Histórica das Linhas de Torres

Com mais de 200 anos de história, as Linhas de Torres Vedras representam a luta de Portugal pela soberania, no início do século XIX, quando ocorreram as Guerras Napoleónicas.

A região de Torres Vedras teve um papel preponderante nas linhas de defesa da cidade de Lisboa contra as tropas francesas de Napoleão, mandadas construir secretamente pelo 1º Duque de Wellington, em 1809, chefe das tropas inglesas de quem Portugal era aliado.

Ficaram conhecidas como um dos maiores sistemas de defesa efetiva na Europa, constituído por três linhas de torres, com um total de 152 redutos e 600 peças de artilharia. Podia ser defendido por cerca de 140 mil soldados.

O conjunto de fortificações ocupava os pontos mais estratégicos a norte de Lisboa, aproveitando as características topográficas da região ao longo de seis municípios: Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Vila Franca de Xira e Torres Vedras.

A 1ª linha abrangia uma extensão de 46 km entre Alhandra, nas margens do rio Tejo, e o oceano Atlântico, passando por Torres Vedras. A 2ª linha situava-se a 13 km mais a sul e a 3ª protegia o porto de São Julião da Barra, já na foz do rio, em Lisboa. Sabe-se da existência de uma 4ª linha localizada na península de Setúbal para evitar aproximações pelo sul, embora seja pouco conhecida.

A Rota das Linhas de Torres Vedras, com sede em Sobral de Monte Agraço, pode fazer-se de carro ou por pequenos percursos a pé ou de bicicleta que passam por vários pontos de interesse militar, religioso, natural, arqueológico e cultural, como os moinhos de vento que serviram de postos de vigia avançados. A informação sobre os percursos encontra-se disponível www.rhlt.pt.

Nota histórica
Relembrando um pouco da história das Linhas de Torres, recuamos a 1809, quando o Príncipe Regente D. João VI e a corte portuguesa se tinham refugiado no Brasil e a nação vivia sob a possibilidade de uma terceira ocupação francesa. Antes, tendo Portugal desobedecido à ordem de Napoleão em bloquear os portos marítimos aos barcos ingleses, o general francês Junot tinha ocupado Lisboa, no final de 1807, e o general Soult a cidade do Porto. Ambos foram expulsos do território pelo exército luso-britânico sob o comando de Sir Arthur Wellesley, o 1º Duque de Wellington, e o marechal Beresford, ao abrigo da aliança entre os dois países.


Ao longo da costa no Centro de Portugal

Não deixe de…
  • praticar desporto no areal da Figueira da Foz
  • saborear peixe grelhado num esplanada à beira-mar
  • fazer um passeio de moliceiro na Ria de Aveiro
  • observar aves aquáticas na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto
  • assistir à chegada dos barcos de pesca nas Praias de Mira ou da Vagueira
  • provar o pão-de-ló de Ovar

Praias de areal muito largo limitadas por encostas resguardadas por dunas e pinhais, com areia branca e fina e mar batido de um azul profundo… assim é o litoral do Centro de Portugal. Imagens de grande beleza que podemos descobrir num passeio ao longo da costa, da Figueira da Foz até Esmoriz. 

Da Figueira a Mira

Alegre, cheia de vida e animação, a Figueira da Foz é uma das principais estâncias de veraneio. Para além do enorme areal onde se pode jogar futebol, vólei e um sem número de atividades, é conhecida pelo casino inaugurado no final do século XIX, altura em que a aristocracia enchia os seus elegantes salões. Hoje em dia recebe muitas provas desportivas, do surf à motonáutica, da vela ao rugby de praia, mantendo sempre o seu carácter cosmopolita. Seja verão ou inverno, ciclistas e patinadores são presença garantida na sua marginal que nos conduz à Praia de Buarcos, protegida dos ventos norte pelo Cabo Mondego

Seguindo a estrada florestal chegamos a outra praia - Quiaios, uma aldeia simpática de casas pequenas. A norte, encontram-se as Lagoas da Vela e das Braças, zona de piqueniques e de observação de aves aquáticas. Mais acima a praia da Tocha. Aqui ainda podemos admirar o engenho de construção dos velhos palheiros, assentes em esteios de pinho que foram erguidos pelos pescadores com madeira das matas da região. Serviam para guardar os seus utensílios e muitos deles hoje em dia são casas de férias. O areal dourado prolonga-se até à Praia do Palheirão, selvagem e quase deserta, um pedaço de natureza intacta rodeada de pinhal. 


Praia de Mira

A estrada florestal leva-nos à Praia de Mira, pequena aldeia piscatória até à primeira parte do século XX. Tanto aqui como na Praia da Vagueira, ainda se pratica a arte xávega, em que os barcos coloridos usam a técnica tradicional da pesca de arrasto, sendo hoje em dia os tratores a puxar as redes para a areia, substituindo assim as juntas de bois que antigamente desempenhavam essa tarefa. 

Perto de Aveiro
Na Praia da Costa Nova os pitorescos palheiros de madeira estão pintados às riscas de cores garridas, uma imagem de postal que todos gostam de registar. A Praia da Barra com o seu farol centenário, o mais alto do país, marca o ponto de encontro da Ria com o oceano, no final de uma língua de terra que tem início a vários quilómetros a sul no Areão. Apesar de se situar mais para o interior, junto a um dos braços da ria, Ílhavo é uma cidade ligada ao mar, cuja população teve um papel importante na pesca do bacalhau nos mares de gelo da Terra Nova. A memória desta história de séculos está bem representada no Museu Marítimo de Ílhavo e na gastronomia local. 


Costa Nova © Turismo Centro de Portugal

Numa imagem única de comunhão entre a terra e o mar, Aveiro é invadida pela ria, cujos braços se estendem pelo meio do casario em inúmeros canais. Atravessando a Ria de barco chegamos rapidamente à Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, uma grande área ao longo da costa. Num perfeito estado de conservação, é um espaço privilegiado para a observação da natureza, sobretudo das aves aquáticas que aqui se refugiam e nidificam, a que se soma outro grande atrativo - a Praia de São Jacinto, quase selvagem com um areal sem fim. 

Da Torreira a Esmoriz
A norte, a Praia da Torreira também se insere no cordão litoral que separa a Ria do mar, um areal contínuo sem interrupção que se estende ao longo de 25 quilómetros desde a Praia de São Jacinto e prossegue até à Praia do Furadouro. Aqui, quem quer fazer praia e desportos aquáticos tem sempre possibilidade de escolha: de um lado o mar, agitado, excelente para a prática de surf, e do outro as águas da Ria, mais tranquilas, ideais para vela ou windsurf. 


Praia da Torreira

Ovar, alguns quilómetros para o interior, vale bem a pena o desvio pelo seu famoso pão-de-ló, que complementa na perfeição a gastronomia regional em que o peixe tem lugar de destaque. Neste conjunto de praias que inclui ainda a norte a Cortegaça e Esmoriz, conservam-se as tradições da pesca artesanal que à mesa se transforma em deliciosos pratos, como as características enguias de escabeche ou de caldeirada e muitas outras formas de saborear o peixe fresco. Uma oportunidade a não perder quando se passeia pelo litoral.


Açores: Nove ilhas - Um Geoparque

A origem dos Açores está gravada nos 1766 vulcões que existem neste arquipélago, nove dos quais ainda ativos. De toda esta riqueza natural nasceu o Geoparque dos Açores, integrado na Rede Europeia e Global de Geoparques, o qual visa promover e proteger o património geológico deste arquipélago.

O Geoparque dos Açores é único no mundo, porque dispõe de 121 geossítios dispersos pelas nove ilhas e zona marinha envolvente, espelhando a vasta geodiversidade vulcânica do arquipélago. São nove ilhas, mas um só Geoparque!

No subsolo, estão assinaladas quase três centenas de cavidades vulcânicas, sob a forma de grutas, algares e fendas. Na paisagem, há caldeiras secas, lagoas em crateras, campos fumarólicos e nascentes termais. No mar, encontramos fontes geotermais submarinas. A majestosa montanha do Pico, de cone ainda intacto, parece proteger todas estas riquezas geológicas. Testemunho do poder da natureza, o vulcanismo do arquipélago impressiona pela diversidade do património geológico da região que reflete uma memória geológica de 10 milhões de anos.

A Associação do Geoparque dos Açores criou novos serviços, rotas e produtos interpretativos, implementando um geoturismo de qualidade na região, em estreita ligação com outras vertentes do Turismo de Natureza.

Algumas das rotas já existentes e possíveis de fazer, são:
-Rota das cavidades vulcânicas
Para descobrir o mundo subterrâneo das ilhas.
-Rota dos Miradouros
Para descobrir de carro as geopaisagens
-Rota dos Trilhos Pedestres
Para descobrir a pé os geossítios
-Rota do Termalismo
Para descobrir a força do vulcanismo, tirando partido das mais-valias em termos de saúde, lazer e bem-estar de águas e lamas termais.
-Rota dos Centros de Ciência
Para melhor conhecer e interpretar os fenómenos vulcânicos.

Podemos ainda conciliar a descoberta deste fantástico mundo do geoturismo com um roteiro que inclua toda a família
O dia pode começar num miradouro de onde se contempla a extraordinária paisagem criada pela natureza vulcânica dos Açores.
Depois, a descida às profundezas subterrâneas, numa das várias cavidades preparadas para o efeito. São locais mágicos, apropriados para a visita dos mais pequenos.
Após o regresso à superfície, uma caminhada para contemplar a paisagem circundante sabe sempre bem.
Sempre que o calor apertar, nada como um refrescante mergulho numa piscina natural. 
A visita a um museu ou centro de interpretação responderá às perguntas surgidas durante as ricas experiências do dia passado num mundo de vulcões.

Com tantas sugestões, não podemos deixar de conhecer os vulcões dos Açores e desfrutar de uma erupção…de Sabores, Aromas e Experiências!


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